Pai que esqueceu bebê no carro em NH diz que estava atrasado

A representante do Conselho Tutelar de Novo Hamburgo, Gislaine Peres, conversou na noite dessa quinta-feira com o pai da menina de sete meses que morreu depois de ser esquecida no carro por cinco horas. Segundo ela, o homem, de 47 anos, disse que estava atrasado para o trabalho quando deixou a menina no veículo e só percebeu o erro ao sair da empresa, por volta das 18h.

Ele alegou que envolveu-se com problemas no trabalho e por isso não se lembrou da menina. Gislaine relatou ainda que ele admitiu o erro, mas aparentava tranquilidade – o que, segundo ela, pode ser efeito do choque causado pela morte. A família é de classe média, o pai trabalha há 12 anos na empresa e o bebê era portador de Síndrome de Down.

O titular da 1ª Delegacia de Polícia do município, delegado Nauro Marques, ouve os envolvidos no caso hoje, iniciando pelo pai, às 14h. Depois, médicos e enfermeiros que atenderam o bebê também prestarão depoimento.

A menina havia sido levada ao médico para uma avaliação de rotina, por volta do meio-dia, e deveria ter sido deixada na creche, o que não aconteceu. No fim do expediente, o pai levou-a imediatamente ao Hospital Unimed, onde a menina já chegou sem vida.