Para evitar colapso do setor funerário, fabricantes devem produzir até 500 mil urnas

Para evitar colapso do setor funerário, fabricantes devem produzir até 500 mil urnas

Temendo não atender demanda, entidade que representa o setor orientou suspensão de férias de funcionários e mapeamento de vagas existentes em funerárias

Felipe Samuel

Entidade alerta para a elevação de 30% do número absoluto de óbitos no país em março deste ano

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Preocupada com o agravamento da pandemia no país e o crescimento do número de mortes em decorrência do coronavírus, a Associação de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif) recomendou às empresas do setor a adoção de medidas extraordinárias para garantir atendimento em função da demanda. No começo do mês, a entidade publicou uma série de orientações às funerárias, como a suspensão de férias dos funcionários e o mapeamento de vagas existentes e das que poderão ser disponibilizadas nas cidades.

A entidade alerta para a elevação de 30% do número absoluto de óbitos no país em março deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. E garante que há margem de segurança para atender a demanda, uma vez que as fábricas de caixão devem produzir até 500 mil urnas para evitar colapso do setor funerário. "Assusta que chegamos nos 30% (de aumento), não paramos de crescer. Parece que estamos em um trem em alta velocidade e não sabemos se ele vai parar ou se tem freio. Por isso decidimos tomar essas medidas", afirma o presidente da Abredif, Lourival Panhozzi.

Ao avaliar a evolução da pandemia nos últimos meses junto a especialistas, o dirigente explica que devemos ter um "mais mês bastante severo", numa referência ao crescente número de óbitos. "Estamos todos sofrendo, perdendo entes queridos. É muito difícil, por isso estamos nos preparando", destaca. Mais do que pedido de cancelamento de férias dos funcionários ligados diretamente às funerárias, Panhozzi reforçou a necessidade de as empresas trabalharem unidas. "Sugerimos parcerias operacionais entre as funerárias da mesma região e pedimos para fazer um levantamento de vagas num raio de 50 quilômetros", assinala.


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