Para prefeito, vazamento é maior desastre da história de Imbé

O prefeito de Imbé, Pierre Emerim, afirmou nesta quinta-feira que o vazamento de óleo em parte da praia, no Litoral Norte, é o maior desastre da história da cidade. De Brasília, ele relatou que, após conversar com o vice-prefeito Luiz Henrique Vedovato, a mancha no mar já teria alcançado 15 quilômetros de extensão.

"Fui surpreendido pelo telefonema de um trabalhador marítimo, que me informou deste acidente. O vazamento ocorreu em função do mau tempo, mas também pela diminuição de equipes da Petrobras nos terminais. O município já disponibilizou equipes para ajudar na contenção", explicou em entrevista à Rádio Guaíba. 

Conforme Emerim, o vazamento registrado ainda na noite dessa quarta ocorreu por conta de problema nas monoboias e pela desconexão de um mangote no local. "Nós fomos informados de houve rompimento de dois dutos por mais de 30 minutos. Considerando a pressão do bombeamento dos navios para as monoboias, é, sem dúvida, o maior desastre da nossa história. O óleo segue vazando para o mar, embora esteja longe da orla", acrescentou. 

Mais cedo, a titular da Delegacia de Meio-Ambiente do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegada Marina Goltz, afirmou que a mancha tinha chegado a 10 quilômetros de extensão e que era possível perder de vista no mar de Imbé. 

Durante o começo da manhã desta quinta, dois sobrevoos foram realizados por equipes da Polícia Civil e da prefeitura de Imbé. "Estamos aqui para fazer o monitoramento da mancha e cuidar para uma eventual mudança de vento, até para evitar que ela venha em direção à orla da praia entre Imbé e Tramandaí. No local próximo ao vazamento a coloração da água é bem mais intensa", disse o diretor da Divisão de Apoio Aéreo da Polícia Civil, delegado Francisco Carlos Oliveira.