Para procurador, tarifa de pedágio deve baixar com fim de concessão na BR 290

Para procurador, tarifa de pedágio deve baixar com fim de concessão na BR 290

Júlio Marcelo Oliveira cobra governo para definir como se dará içamento da ponte do Guaíba com fim do contrato com a Concepa

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Para procurador, tarifa de pedágio deve baixar em até 30% com fim de concessão

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O procurador do Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira apontou que com o fim da concessão da Triunfo/Concepa, a tarifa do pedágio na BR 290 deve baixar em até 30%. Em entrevista à Rádio Guaíba na manhã desta segunda-feira, ele explicou que a prorrogação do contrato é proibida, mas se houver, há esta possibilidade para Concepa continuar operando. "Criou-se uma urgência pra justificar extensão de prazo que nem deveria ocorrer. Se houver prorrogação, a extensão do contrato tem que ser mínima e a tarifa da remuneração de obras nas rodovias têm que ser reduzida", disse.

Segundo Oliveira, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) precisa informar sobre a viabilidade de assumir o içamento da ponte do Guaíba – tarefa executada pela Concepa atualmente. “É preciso que o Dnit se posicione dizendo se tem condições ou não de assumir o içamento da ponte. Se ele tiver condições, qual o problema? A rodovia também pode ser administrada pelo Dnit”, observou. “Se ele não tiver condições operacionais para isso, aí o contrato pode ser prorrogado e mesmo assim com a redução de tarifa”, reforçou.

De acordo com o procurador, os responsáveis pelo contrato devem ser punidos por não terem feito a licitação dentro do prazo determinado. “Nada justifica essa inércia dos agentes responsáveis do contrato. Tem que haver uma apuração de responsabilidades e punição de quem se omitiu, e não dos órgãos”, criticou. Segundo Oliveira, a punição prevista para o casos como este são multas e inabilitação de função pública no período de cinco a oito anos.

O procurador afirmou que a decisão sobre a concessão já poderia ter sido tomada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), já que o governo ainda não agiu. “O TCU tem que atuar para dar uma diretriz para definir, por meio de uma medida cautelar, se pode ter uma extensão do contrato e se houver que haja a redução da tarifa”, afirmou. “Como a licitação vence no dia 4 de julho, espera-se que o ministro relator possa despachar ainda nesta semana”, concluiu.

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