Paralisação atrasa voos no Salgado Filho

Paralisação atrasa voos no Salgado Filho

Aeronautas cruzaram os braços em todo País

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Paralisação atrasa voos no Salgado Filho

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A paralisação dos aeronautas das 6h às 7h desta quinta-feira atrasou voos no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Segundo informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), 18 voos de chegada atrasaram no nesta manhã. A Infraero não soube precisar o número de viagens atrasadas nas partidas, mas pode ter chegado a 12. 

Desde as 5h, filas foram constatadas para check in no terminal novo do aeroporto. De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, os passageiros estavam sendo informados da paralisação. Como as aeronaves já estavam em solo, logo depois da paralisação as partidas foram regularizadas. O primeiro voo a partir foi da Gol para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Por volta das 8h, as filas no saguão do aeroporto terminaram.

Conforme o membro do Conselho Diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Tiago Rosa, o ato mostrou a força da categoria. O secretário-geral do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, Leonel Montezana, disse que a paralisação foi considerada um “sucesso”. Ele apontou que a legislação brasileira, que regulamenta o transporte aéreo é de 1984. Na opinião dele, está defasada. Amanhã, às 14h, em Brasília, haverá uma reunião no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O objetivo é debater um acordo para o díssidio.

Além da reivindicação de 8,5% de reajuste salarial, os trabalhadores pedem a impossibilidade de voar mais de duas madrugadas seguidas. Segundo Rosa, estudos científicos provam que o efeito é o mesmo que a pessoa estivesse embriagada. Segundo os aeronautas, no Brasil, são apenas oito dias por mês de folga, enquanto em outros países esse número quase dobra, chegando a 15.

Transtornos no País


O percentual de voos domésticos atrasados nos aeroportos operados pela Infraero em todo o País chegou a 18,2% por conta da paralisação em diversos terminais. Dos 478 embarques previstos até as 8h, 87 decolaram com atraso superior a 30 minutos e 36 foram cancelados, ou 7,5% do total. Às 7h da manhã, a proporção de decolagens atrasadas estava em 9,1% e a de canceladas, em 5,1%.

Os aeroportos com mais reflexos da greve, de acordo com dados da Infraero, são o de Congonhas (SP) e o Santos Dumont (RJ). No terminal da capital paulista, 64,8% das decolagens previstas para o dia foram afetadas. Dos 37 embarques agendados, 12 atrasaram e 12 foram cancelados. Já no terminal carioca, dos 26 voos previstos, 7 atrasaram e 8 foram cancelados, o que revela que 57,7% das operações foram afetadas.

A concessionária que administra o aeroporto internacional de Guarulhos informou que das 18 partidas programadas entre 6h e 7h da manhã, 10 tiveram atraso superior a 30 minutos, mas nenhuma foi cancelada. A GRU Airport ainda não tem dados sobre os efeitos da greve nos voos previstos para após as 7h.

De acordo com informações do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), os grevistas farão assembleias às 15h desta quinta nos aeroportos onde houve paralisação para deliberar os rumos do movimento. Até o momento, não há um balanço sobre a adesão de trabalhadores da categoria à paralisação.

TST

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou nessa quarta-feira que os grevistas assegurassem a manutenção mínima de 80% dos profissionais em serviço. O descumprimento da decisão considera pena de multa diária de R$ 100 mil. Em outra liminar, o ministro determinou também aos aeroviários (pessoal de terra) a manutenção de 80% dos serviços.


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