Parque Farroupilha recebe exposição de parte da fauna da Reserva do Lami

Parque Farroupilha recebe exposição de parte da fauna da Reserva do Lami

Visitação fica aberta nesta segunda e quarta-feira, das 10h às 17h

Felipe Faleiro

Juliana Herpich, da Smamus, explica sobre o acervo trazido até o Parque Farroupilha

publicidade

Um pedacinho da fauna da Reserva Biológica do Lami José Lutzenberger, em Porto Alegre, pode ser visto nesta segunda e quarta-feira, no Centro de Visitantes do Parque Farroupilha. A ação é da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus), dentro da programação da Semana da Primavera, e busca, além de exibir exemplares dos animais existentes na área de conservação, conscientizar para a importância do cuidado com a natureza. 

Nos dois dias, o local é aberto à visitação das 10h às 17h, porém não abre neste feriado. “Estamos aqui com parte do acervo permanente existente no museu da reserva, para que consigamos divulgar um pouco da rica diversidade desta unidade de conservação. Buscamos também mostrar para as pessoas o quão importante ela é e o tamanho da diversidade que abriga”, afirma a responsável pela Educação Ambiental na Smamus, a médica veterinária Juliana Herpich.

Entre os animais conservados que fazem parte do acervo e podem ser vistos pela população, estão a aranha-marrom, a cobra-cipó, a cobra-rateira, jararacas, os escorpiões preto e amarelo, morcegos, além de um esqueleto de capivara. “Este é um animal que a maioria da população às vezes não sabe que existe em Porto Alegre”, comenta Juliana. Um exemplar empalhado de ouriço-cacheiro, também pouco conhecido na Capital, também chama a atenção logo na entrada do acervo.

No ambiente ao lado, bonecos coloridos confeccionados com lixo coletado junto a diversos pontos de Porto Alegre estão expostos, com objetivo de alertar para a necessidade de preservação. As obras foram criadas pelo jardineiro da Smamus Carlos Aparício da Silva de Aguiar, conhecido como Teixeirinha. Sem experiência prévia, há 22 anos ele trabalha com estes materiais, tanto recicláveis como lixo eletrônico em geral, e há quatro, atua no Lami. Antes, trabalhava para a Administração recolhendo resíduos no Parque Marinha do Brasil.

Batizados como “Super AMA”, “Notepilhoteria”, “Celulete”, “Respostinha”, “Nossa Face”, entre outros, eles fazem muito sucesso especialmente entre as crianças, segundo conta Aguiar. “Tive a ideia de passar uma mensagem para nós, seres humanos, de que o lixo é luxo, basta queremos. Alguns passam um recado direto de que devemos fazer cada vez mais do que já fizemos com o meio ambiente”, relata ele.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895