Passageiros do transporte público encaram longas filas e ônibus lotados em Porto Alegre

Passageiros do transporte público encaram longas filas e ônibus lotados em Porto Alegre

Greve dos caminhoneiros afetou o abastecimento de óleo diesel para as empresas

Cláudio Isaías

Passageiros aguardaram os ônibus por mais de uma hora no Terminal Triângulo

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A manhã de quinta-feira - quarto dia de greve dos caminhoneiros pelo Brasil - foi de transtornos e de muita paciência por parte dos passageiros do transporte público nos terminais de ônibus de Porto Alegre. Com os caminhões parados nas estradas, o abastecimento de óleo diesel está prejudicado. Para evitar a paralisação total do serviço, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) , em acordo com as empresas, determinou o aumento no intervalo das viagens (1 hora) fora dos horários de pico e um ônibus por linha. Pela manhã o funcionamento normal ocorreu das 6h às 8h30min. No período da tarde/noite será das 17h às 19h30min.



Nos terminais Triângulo, na zona Norte da cidade, da Praça Parobé, no Centro, e da Conceição, nas proximidades da rua Alberto Bins, que atende as linhas da cidades da Região Metropolitana, longas filas de passageiros foram formadas por volta das 8h30min. Muita gente que não sabia da determinação da EPTC e da Metroplan ficou surpresa com os horários de circulação do transporte coletivo.

No Terminal Triângulo, as estudantes Rafaela Bidarte, que cursa Administração na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), na avenida Bento Gonçalves, na zona Leste, e Judith Kaminski, que faz Enfermagem na Faculdade Porto-Alegrense (Fapa), na avenida Manoel Elias, na zona Norte, ficaram surpresas com a alteração na circulação dos ônibus. Judtih, que mora em Gravataí, chegou ao terminal às 8h35min e somente foi embarcar no ônibus T10 às 10h.

"Por cinco minutos perdi o ônibus e agora estou esperando mais de uma hora", destacou. Já Rafaela Bidarte, residente no bairro Rubem Berta, lamentou o fato de chegar atrasada na universidade. Longas filas foram registradas também no setor de embarque das linhas T1, T1 Direto, T7 e T 10 com os passageiros mostrando descontentamento por ter que esperar tanto tempo.

Já no terminal da Praça Parobé, no Centro de Porto Alegre, também foram registradas longas filas na manhã e no começo da tarde. A técnica em enfermagem Marilene Silva, moradora do Centro, disse que saiu mais cedo de casa porque sabia que haveria filas no terminal. No local, o policiamento foi reforçado com a presença de viaturas da Brigada Militar que circulavam pelo entorno do terminal da Praça Parobé. 

A Associação dos Transportadores de Passageiros por Lotação de Porto Alegre (ATL) informou que as 31 linhas de lotações funcionaram normalmente. Os 429 veículos tiveram inclusive autorização da EPTC para transportarem os passageiros em pé.

Transporte metropolitano

Os ônibus da Região Metropolitana de Porto Alegre também circularam com horários alterados em razão da dificuldade de abastecimento de combustível (diesel). No terminal Conceição, localizado entre as ruas Alberto Bins e Voluntários da Pátria, a empresa Vicasa, que atende a cidade de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, colocou um aviso aos passageiros que utilizam os ônibus Mathias Velho, São Luiz, Igara e Igara Jardins. No cartaz, os usuários eram informados que "devido à greve dos caminhoneiros a empresa Vicasa iria operar as linhas Canoas/Porto Alegre (intermunicipais) somente nos horários de pico (5h às 8h30min) e das 16h30min às 20h.

A medida, segundo a Vicasa, terá duração até o término da greve. Já a empresa Soul, que atende as linhas da cidade de Alvorada, colocou todos os ônibus para atender os usuários. Os fiscais da empresa informaram que todos os horários estavam sendo respeitados e não havia intervalos de uma hora como os registrados no sistema de transporte coletivo de Porto Alegre.

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