Passageiros enfrentam ônibus lotados e servem como "guias" em greve da Carris em Porto Alegre
Alguns motoristas de outras empresas que assumiram linhas da companhia não sabem o trajeto
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O segundo dia de mobilização de rodoviários da Carris, que querem evitar a privatização da empresa, começou a causar reflexo na rotina dos passageiros em Porto Alegre. Além das filas nas paradas e dos ônibus lotados, os usuários estão servindo como "guias" porque alguns motoristas de outras empresas que assumiram os trajetos feitos pela companhia não sabem o caminho a ser percorrido.
Minutos antes da entrada de passageiros nos coletivos, o fiscal presente perguntava a todos quem iria até o fim da linha. Esta era a pessoa designada para auxiliar o condutor.
No paradão da Igreja São Jorge, passageiros lotam T11 Aeroporto. Linha é atendida por consórcio Viva Sul. @correio_dopovo pic.twitter.com/rxTsFyhuy1
— Eduardo Andrejew (@AndrejewEduardo) September 3, 2021
Com a redução da frota, filas se formaram em paradas e ônibus ficaram lotados no início da manhã
— Correio do Povo (@correio_dopovo) September 3, 2021
: Ricardo Giusti pic.twitter.com/9HCIXLAmFg
A prefeitura acionou as empresas privadas para suprir a ausência de linhas gerada pela paralisação. O Consórcio Sul assumiu as linhas T3, T11, T12 e T12A. O Consórcio Leste ficou com as linhas T6, T9 e 343. Consórcio MOB está com as linhas T4, T1 e T7. Seguem com a Carris as linhas C1, C2, C3, 353, D43, T2, T2A, T2A1, T8, T10, T13, V375 e T5.
A prefeitura acionou empresas privadas para suprir a ausência de linhas gerada pela paralisação. Com alguns motoristas que não sabem a rota seguida pelos ônibus, os usuários estão servindo como "guias"
— Correio do Povo (@correio_dopovo) September 3, 2021
: Ricardo Giusti pic.twitter.com/nikfsXX23F
Para auxiliar no transporte de passageiros nesta sexta, a prefeitura autorizou que lotações andem com pessoas em pé.
Filas foram registradas no começo da manhã / Foto: Ricardo Giusti
O estado de greve por tempo indeterminado, definido a partir de duas assembleias realizadas em turnos diferentes dessa quinta-feira, tem a intenção de fazer com que o prefeito Sebastião Melo retire da pauta da Câmara de Vereadores a proposta de desestatização da Carris. Melo, no entanto, permanece irredutível e defende que o projeto faz parte do pacote de reestruturação do transporte público de Porto Alegre.
As manifestações dos rodoviários da Carris ocorrem em um contexto de derrota parcial para a classe, uma vez que o projeto que prevê a extinção gradual da função de cobrador foi aprovado no Legislativo da cidade nesta semana.