Passeio de bicicleta em Porto Alegre marca defesa dos direitos da comunidade LGBTQIAP+

Passeio de bicicleta em Porto Alegre marca defesa dos direitos da comunidade LGBTQIAP+

Movimento iniciado na Cidade Baixa percorreu 9 quilômetros

Felipe Samuel

Movimento percorreu 9 quilômetros pela Capital

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Um passeio de bicicleta realizado neste domingo em Porto Alegre celebrou o mês do orgulho LGBTQIAP+, que é comemorado em junho. Com máscaras de proteção, dezenas de ciclistas com bandeiras do movimento se reuniram no Monumento aos Açorianos, na Cidade Baixa, de onde iniciaram o percurso de 9 quilômetros. Além de ocupar e colorir as ruas da cidade, a atividade teve como objetivo dar visibilidade à luta pela igualdade de direitos da comunidade LGBTQIAP+ e pelo reconhecimento da diversidade sexual. 

O publicitário Felipe Paiz, organizador do Pedal Afirmativo, explica que o trajeto elaborado pelo grupo contemplou vias simbólicas para o movimento LGBTQIAP+. "A ideia foi resgatar um pouco a lembrança do movimento LGBTQIAP+ nesses espaços que a gente ocupava antes, passar pela travessa dos Venezianos, que é simbólica, na Redenção, que acolhe a parada LGBT de Porto Alegre, no Ocidente, na Osvaldo Aranha", destaca. O Largo da Epatur foi o local escolhido para o encerramento do passeio.

Paiz afirma que é preciso implementar ações nas áreas de saúde e educação. "É extremamente importante a gente vir a público  falar sobre nossas sexualidades. Existem pautas LGBTQIAP+ que precisam ser cumpridas, a gente precisa falar sobre educação sexual nas escolas, precisa falar sobre políticas públicas para as comunidade LGBTQIAP+, segurança, políticas de saúde", observa.

Conforme Paiz, o objetivo é reforçar a pauta da comunidade LGBTQIAP+ e a necessidade de políticas públicas para essa população. "A gente fala muito sobre ocupação de espaço público, sobre uso da via, da bicicleta como meio de mobilidade urbana. Nossa intenção de colorir as ruas tem a ver com uma forma de fazer política em um formato seguro nesse momento que estamos passando", reforça. "Hoje a expectativa de vida de uma pessoa trans é de 38 anos", assinala.

A iniciativa também arrecadou alimentos, agasalhos, absorventes, aparelhos depilatórios, materiais de higiene e máscaras PFF2, que serão destinados a pessoas LGBTQIAP+ em situação de vulnerabilidade social. 


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