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Pazuello diz à PGR que Bolsonaro investigou compra da Covaxin

Segundo senador governista, secretário da Saúde não teria encontrado indícios de corrupção na compra da vacina indiana

Pazuello diz à PGR que Bolsonaro investigou compra da Covaxin após tomar conhecimento de denúncia | Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado / CP

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu investigação interna no ministério após tomar conhecimento de denúncia de superfaturamento e corrupção na compra da vacina indiana Covaxin contra a Covid-19.

A informação foi lida pelo líder do governo Bolsonaro do Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), durante a sessão da CPI da Covid, que inquiriu o empresário Carlos Wizard nesta quarta-feira. O documento com manifestação de Pazuello foi enviado à PGR após senadores oposicionistas da CPI entrarem com notícia-crime contra o governo federal no Supremo Tribunal Federal (STF), devido às denúncias da Covaxin.

"General Pazuello determinou que o então Secretário Executivo Elcio Franco realizasse uma averiguação prévia sobre alegados indícios de irregularidades e ilicitudes, ele que foi responsável pela negociação, contratação e aquisição de todas as vacinas pelo Ministério da Saúde. Após a devida conferência, foi verificado que não existiam irregularidades contratuais", leu Bezerra.

O esquema foi revelado após denúncia do servidor do Ministério da Saúde Ricardo Miranda, que foi reiterado pelo seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Os dois foram à CPI na última sexta-feira e confirmaram acusações de que a estrutura do governo teria sido usada para acelerar a compra irregular da vacina. Em resposta, o ministro-chefe da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni, e o assessor especial da Casa Civil Elcio Franco convocaram pronunciamento, onde acusaram os irmãos de forjar documentos.

Em depoimento à CPI, o deputado e o servidor rebateram a acusação e mostraram as notas fiscais que poderiam provar a denúncia. Os senadores governistas afirmaram então que os documentos foram corrigidos logo depois dos primeiros erros.

Agora, a versão do líder do governo, Fernando Bezerra, foi de que Bolsonaro foi alertado pelos irmãos Miranda no dia 20 de março, e que teria pedido investigação interna do caso. O presidente, porém, já negou durante uma live que tenha sido informado pelo deputado de problemas no contrato.

Junto a outros integrantes do governo, Bolsonaro também nega as denúncias e afirma que a gestão ainda não "pagou um centavo" pelas doses da Covaxin. Nessa terça-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, suspendeu o contrato pelo imunizante, seguindo parecer da CGU (Controladoria Geral da União). "Diante da denúncia, em questão da transparência e boa gestão, o governo suspendeu as averiguações", afirmou o ministro. 

R7