Pedestres enfrentam buracos e desníveis na Rua dos Andradas

Pedestres enfrentam buracos e desníveis na Rua dos Andradas

Lajotas quebradas são obstáculos para as milhares de pessoas no centro da cidade

Karina Reif / Correio do Povo

Pedestres enfrentam buracos e desníveis na Rua dos Andradas

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Uma das mais tradicionais vias de Porto Alegre, a Rua dos Andradas, possui grande quantidade de buracos e desníveis e prejudica o trânsito de pedestres no centro da cidade. As lajotas quebradas e até mesmo inexistentes em algunas pontos são obstáculos para as milhares de pessoas que transitam no local diariamente. Os mais afetados são os idosos, os cegos e os cadeirantes. A coordenadora do Movimento SuperAção, entidade de defesa da diversidade e dos direitos de deficientes, Liza Cristina Cenci, definiu como uma aventura o percurso que percorre com uma cadeira de rodas todos os dias da sua casa, na rua General Câmara, até a Travessa Francisco de Leonardo Truda.

Para o artesão, que atua na Rua da Praia há 30 anos, Fernando da Silva, há apenas um mês foi feito um reparo na esquina da Andradas com a General Câmara, ponto em que Liza sente maior dificuldade em transitar. “O problema é que passam muitos carros pesados, como caminhões e carros-fortes. Uma capital como Porto Alegre não deveria estar assim”, comentou ele, dizendo que já perdeu a conta de quantos tombos já presenciou.

O secretário Municipal de Obras e Viação (Smov), Mauro Zacher, admitiu o problema e atribuiu à circulação de veículos, como citou o artesão. “Com o tipo de pavimentação, temos a necessidade de conservação permanente”, explicou. A Rua dos Andradas está contemplada no plano de obras de recuperação. Um projeto está em andamento para revitalizar todo o calçadão", conforme ele. Zacher disse que algumas partes da via já foram restauradas.

Nos trechos fora do calçadão, em que os proprietários de estabelecimentos e residências são os responsáveis pela revitalização, a prefeitura tem feito a fiscalização. O processo começa com uma vistoria em que são identificadas calçadas que necessitam de reparos e o resultado é publicado por meio de edital. A partir daí, é dado um prazo de 60 dias para a adequação. Terminado o período, é realizada outra vistoria.

Caso o local não esteja de acordo com as normas, é aplicada uma notificação e dado mais 30 dias. Somente após esses trâmites, o proprietário é autuado em R$ 490,00. A Smov faz o conserto e o valor é acrescido no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), com mais 30%. Os bairros Menino Deus, Moinhos de Vento e Bom Fim serão os próximos a ter os reparos feitos pela prefeitura e cobrados depois.


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