Perdi quem mais gostava no mundo, diz viúva de Niemeyer

“Perdi a pessoa que eu mais gostava no mundo. Perdi um amigo, perdi tudo, vai ser difícil”, desabafou no final da manhã desta quinta-feira, a mulher do arquiteto Oscar Niemeyer, Vera Niemeyer. Visivelmente abalada, a viúva conversou com jornalistas na porta do Hospital Samaritano, na zona Sul do Rio, onde o carioca morreu nessa quarta-feira, depois de ficar internado por mais de um mês. Pela manhã, uma missa no local reuniu amigos e familiares de Niemeyer.

Vera lembrou que, mesmo internado, o arquiteto se preocupava com a rotina de trabalho de sua empresa e pedia a ela informações sobre o andamento de alguns projetos. A viúva disse ainda que ele ficou lúcido durante a maioria dos mais de 30 dias em que ficou hospitalizado e que, um dia antes de morrer, pediu para comer um pastel e tomar café. Vera Niemeyer informou que vai se empenhar para realizar um dos últimos desejos do arquiteto: a produção de um livro que o casal faria junto sobre artes e centros culturais.

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O carioca morreu às 21h55min, aos 104 anos, vítima de infecção respiratória. Ele completaria 105 anos no próximo dia 15. O corpo será velado no Palácio do Planalto, em Brasília, a partir das 15h. Antes, haverá um cortejo de aproximadamente 40 minutos, acompanhado pela cavalaria dos Dragões da Independência, de acordo com informações da Presidência da República.

Na chegada ao Palácio do Planalto, o corpo de Niemeyer será recebido pela presidente Dilma Rousseff. O velório será aberto a autoridades e parentes até às 16h. Entre 16h e 20h, o velório será aberto ao público. Depois, o corpo volta para o Rio, onde será velado no Palácio da Cidade. O enterro do arquiteto está previsto para esta sexta-feira, no Cemitério São João Batista, em Botafogo. O horário ainda será definido.