Pescadores relatam que pilares da ponte em Agudo estavam corroídos
Depoimentos apontam que as partes mais danificadas só apareciam em períodos de seca
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O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), órgão do governo estadual responsável pela infraestrutura em rodovias, informou que, nos últimos três anos, apenas vistorias visuais ocorreram no local e garantiu que não havia problemas estruturais na ponte. O delegado Sukekava aguarda laudos do departamento e diz que vai levar em conta informações dos moradores.
Além da Polícia Civil, o Ministério Público Estadual também quer explicações do Daer sobre as vistorias mais recentes ocorridas na ponte que desabou.
Não há previsão para quando será instalada uma ponte flutuante ou uma balsa no trecho onde ocorreu o desabamento.
Buscas aos desaparecidos
Nesta terça-feira as equipes de resgate ganharam o reforço de uma central de comunicação que envolve bombeiros, prefeitura e Associação de Radioamadores de Santa Cruz do Sul e de um avião Ximango cedido pelo Grupamento Policial Aéreo de Porto Alegre. O objetivo é aumentar a troca de informações entre as equipes de busca em botes e em terra.
De acordo com o coordenador da operação, major Jarbas Ávila, as equipes de resgate no avião não devem procurar por desaparecidos, como faziam no helicóptero, mas auxiliar no percurso dos botes e das procuras em terra. “As vítimas possivelmente estão sob as copas de árvores, portanto é difícil fazer a busca aérea”, explicou.
A ação também foi ampliada hoje até Cachoeira do Sul, ao longo de 80 quilômetros do rio Jacuí. Além do avião, duas viaturas dão apoio por terra e duas embarcações seguem percorrendo o leito. Estão desaparecidos Nelo dos Santos e Denise Marion Dumke.
Desde o início das buscas, três corpos já foram resgatados - Renato Camargo, Lori Ella Niemeyer Dumke e o vice-prefeito de Agudo, Hilberto Boeck. A ponte cedeu na manhã de terça-feira na altura do km 191 da RSC 287.
