Pesquisa dá força a pedidos de flexibilização de "A Voz do Brasil"
Associação de emissoras de rádio e TV busca liberdade para transmissão do programa obrigatório
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O programa de rádio tem uma hora de duração, de segunda a sexta-feira, às 19h. Os primeiros 25 minutos do programa são produzidos pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com notícias sobre o Poder Executivo. Os 35 minutos restantes são divididos entre os Poderes Judiciário e Legislativo, que se responsabilizam pela produção do respectivo noticiário.
Segundo a pesquisa, feita pelo Instituto Datafolha e divulgada nesta quinta-feira, a flexibilização do horário aumentaria em 13 pontos percentuais a audiência do programa, já que 22% dos entrevistados declararam que passariam a ouvir mais A Voz do Brasil. Desta forma, "haveria um provável encolhimento do grupo de não ouvintes, que cairia dos atuais 59% para 51%”, diz a Abert, em nota.
Conforme a pesquisa, 81% da população ouvem rádio e 41% dizem ouvir A Voz do Brasil. Acrescenta ainda que 7% declararam escutar o programa por inteiro. O Datafolha fez 2.091 entrevistas em 135 municípios entre os dias 18 e 19 de fevereiro. A margem de erro da pesquisa é dois pontos percentuais para mais ou para menos.
"A medida [flexibilização] permite, por exemplo, que a população tenha acesso a informações sobre o trânsito no horário de rush, dentre outros assuntos de seu interesse. Durante a Copa do Mundo, por exemplo, cerca de um terço dos jogos acontecerá às 19h. Sem flexibilização, o rádio não pode transmitir as partidas e informar sobre trânsito e manifestações nas redondezas dos estádios", diz nota da Abert.
Em maio do ano passado, a Comissão de Direitos Humanos do Senado promoveu debate sobre o tema. Na ocasião, entidades da sociedade civil se posicionaram pela manutenção do programa A Voz do Brasil às 19h, horário de Brasília.