Pesquisa dá força a pedidos de flexibilização de "A Voz do Brasil"

Pesquisa dá força a pedidos de flexibilização de "A Voz do Brasil"

Associação de emissoras de rádio e TV busca liberdade para transmissão do programa obrigatório

Agência Brasil

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Pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) aponta que 68% dos brasileiros são favoráveis à flexibilização do horário do programa "A Voz do Brasil", enquanto 26% se posicionam contrários. Com a divulgação da pesquisa, a Abert lançou hoje (27) uma campanha, em todas as mídias, pela flexibilização do horário de transmissão do programa de rádio, a fim de mobilizar a sociedade em favor do projeto de Lei 595/2003, da deputada Perpétua Almeida (PCdoB -AC). Segundo o projeto, as emissoras terão liberdade para iniciar a transmissão do programa a qualquer momento, entre 19h e 22h. A proposta está tramitando na Câmara dos Deputados. Se aprovada, irá para sanção presidencial.

O programa de rádio tem uma hora de duração, de segunda a sexta-feira, às 19h. Os primeiros 25 minutos do programa são produzidos pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com notícias sobre o Poder Executivo. Os 35 minutos restantes são divididos entre os Poderes Judiciário e Legislativo, que se responsabilizam pela produção do respectivo noticiário.

Segundo a pesquisa, feita pelo Instituto Datafolha e divulgada nesta quinta-feira, a flexibilização do horário aumentaria em 13 pontos percentuais a audiência do programa, já que 22% dos entrevistados declararam que passariam a ouvir mais A Voz do Brasil. Desta forma, "haveria um provável encolhimento do grupo de não ouvintes, que cairia dos atuais 59% para 51%”, diz a Abert, em nota.

Conforme a pesquisa, 81% da população ouvem rádio e 41% dizem ouvir A Voz do Brasil. Acrescenta ainda que 7% declararam escutar o programa por inteiro. O Datafolha fez 2.091 entrevistas em 135 municípios entre os dias 18 e 19 de fevereiro. A margem de erro da pesquisa é dois pontos percentuais para mais ou para menos.

"A medida [flexibilização] permite, por exemplo, que a população tenha acesso a informações sobre o trânsito no horário de rush, dentre outros assuntos de seu interesse. Durante a Copa do Mundo, por exemplo, cerca de um terço dos jogos acontecerá às 19h. Sem flexibilização, o rádio não pode transmitir as partidas e informar sobre trânsito e manifestações nas redondezas dos estádios", diz nota da Abert.

Em maio do ano passado, a Comissão de Direitos Humanos do Senado promoveu debate sobre o tema. Na ocasião, entidades da sociedade civil se posicionaram pela manutenção do programa A Voz do Brasil às 19h, horário de Brasília.


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