Pesquisa investiga anticorpos para Covid-19 entre integrantes da Brigada Militar

Pesquisa investiga anticorpos para Covid-19 entre integrantes da Brigada Militar

Primeiros resultados devem ser divulgados em agosto

Samantha Klein / Rádio Guaíba

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Infectologistas de várias regiões do Rio Grande do Sul desenvolvem um estudo para identificar se integrantes da Brigada Militar, população exposta durante a pandemia, desenvolveram anticorpos para o coronavírus. A pesquisa é desenvolvida com 1.575 agentes da corporação em dez cidades gaúchas. A seleção dos municípios coincide com a seleção feita pela pesquisa de prevalência encabeçada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

O estudo, coordenado pelo chefe do Laboratório de Biologia Molecular da Santa Casa de Misericórdia, em parceria com o Instituto Cultural Floresta e a Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), também busca avaliar dados clínicos de cada participante envolvido no inquérito. Os primeiros resultados da pesquisa devem ser divulgados em agosto.

Em cada cidade selecionada para o estudo – Porto Alegre, Canoas, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Lajeado, Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo, Ijuí e Uruguaiana -, vai haver um médico responsável pela equipe, fazendo a coleta de sangue dos militares. As amostras vão ser encaminhados ao laboratório da Santa Casa e analisadas pelo teste sorológico ELISA, considerado mais sensível do que os exames rápidos para o SARSCov-2.

De acordo com o infectologista Alessandro Pasqualotto, coordenador do Laboratório de Biologia Molecular da Santa Casa, o estudo passou por rigoroso cálculo de tamanho de amostra. “Com todas as dificuldades para indicar os anticorpos na população, creio que esse estudo pode auxiliar substancialmente”, disse ao Guaíba News desta terça-feira.

Os primeiros testes junto aos policiais foram realizados entre quinta e sexta-feira da semana passada. As avaliações dos resultados ocorrem no laboratório da Santa Casa, específico para a demanda de exames de coronavírus.

O grupo de pesquisa estima que o estudo possa resultar em importantes implicações para a compreensão da epidemiologia da Covid-19 no Rio Grande do Sul, já que esses profissionais, além de considerados essenciais, mantêm contato direto com a população. A sondagem também vai medir os níveis de transmissão assintomática.


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