Piloto da TAM confirma ter feito “relatório de perigo”

Piloto da TAM confirma ter feito “relatório de perigo”

Testemunha pousou avião em Congonhas um dia antes de acidente da TAM

AE

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Piloto da TAM desde 2006, João Batista Ribeiro depôs por cerca de 1h20min na 8ª Vara Criminal da Justiça Federal nesta quinta-feira, segundo dia do julgamento que apura quem foi responsável pelo acidente do voo JJ 3054 em 17 de julho de 2007, quando 199 pessoas morreram. Ribeiro pousou um Airbus A320, semelhante ao que se acidentou, no Aeroporto de Congonhas um dia antes da tragédia.

Recorde a cobertura do Correio do Povo à época

No julgamento, a testemunha afirmou que chovia em São Paulo e que a pista estava escorregadia. O piloto relatou dificuldades de frear o avião, devido à aquaplanagem. Ele confirmou à Justiça que fez o chamado "relatório de perigo" e o encaminhou à diretoria de segurança da TAM.

A outra testemunha prevista para esta terça-feira é Elias Azem Filho, que, na época, era copiloto da TAM. Azem Filho deve confirmar as declarações dadas, na quarta-feira, pelo também piloto José Eduardo Batalha Brosco. O piloto afirmou que a pista de Congonhas não oferecia segurança para pousos de aeronaves, principalmente em dias de chuva. Brosco e Azem Filho pilotaram o avião que se acidentou um dia antes da tragédia.

O acidente

Na noite de 17 de julho de 2007, o Airbus que saiu da capital gaúcha em direção a São Paulo não conseguiu frear na pista do aeroporto de Congonhas, molhada pela chuva, e colidiu contra um prédio da TAM. A aeronave e o edifício pegaram fogo, matando 199 pessoas. No avião estavam 187 e nas proximidades do terminal, 12.

O acidente foi o auge da crise aérea no País, e acabou com a substituição do então ministro da Defesa, Waldir Pires, por Nelson Jobim. Entre as medidas adotadas posteriormente para melhorar as condições no setor, houve diminuição no número de voos em Congonhas e a transferência de alguns para o Aeroporto de Guarulhos.

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