Placas de rua em Porto Alegre estão sem manutenção há cinco anos

Placas de rua em Porto Alegre estão sem manutenção há cinco anos

Maioria das placas está quebrada, depredada ou ilegível

Cláudio Isaías

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Quem não conhece Porto Alegre tem dificuldades de se localizar na cidade. A maioria das placas com nomes de ruas e avenidas está quebrada, depredada ou ilegível.

Na avenida Ipiranga com a rua Guilherme Alves, uma das placas foi arrancada. Mesma situação ocorr na avenida Azenha com a rua professor Freitas e Castro. O nome “Azenha” foi retirado por vândalos. Na avenida Ipiranga com a avenida Lucas de Oliveira, a placa indicativa das duas vias está ilegível.

Segundo o presidente da Associação Gaúcha das Empresas de Publicidade ao Ar livre (Agepal), Dannie Dubin, o último contrato que tratou sobre placas de rua em Porto Alegre venceu há cinco anos. “A cidade espera por novo processo licitatório com urgência para retomada de investimentos”, destacou. Atualmente cinco mil placas de ruas em Porto Alegre, segundo levatamento da Agepal. Do total, a cada mês, cerca de 50 necessitam de reparos decorrentes de depredações ou acidentes.

O secretário municipal de Parcerias Estratégicas, Bruno Vanuzzi, disse que depois da reativação dos relógios da Capital, a prefeitura de Porto Alegre deverá se dedicar a novas licitações para placas com nomes de ruas, avenidas e paradas de ônibus.

O presidente da Comissão Especial para Tratar do Mobiliário Urbano da Câmara de Vereadores, André Carús, afirmou que o setor privado tem interesse em explorar o serviço de placas de rua e relógios. Ele sugeriu que a prefeitura de Porto Alegre tratasse primeiro sobre a recuperação do nome de ruas e avenidas da cidade. “A ausência do nome nas vias prejudica os turistas que visitam a cidade e os porto-alegrenses que precisam se deslocar para outros bairros ou trabalhar na Capital”, acrescentou.

Conforme Dubin, as placas de ruas fazem parte do mobiliário urbano das cidades e prestam informações sobre os nomes das ruas e avenidas, numeração e são fontes de orientação para a comunidade. “Ao circular pela cidade percebemos que as placas de ruas da cidade estão necessitando de manutenção”, ressaltou. De acordo com Dubim, existem hoje placas quebradas, depredadas, ilegíveis, com visualização prejudicada e até mesmo ruas sem identificação.

Dubin explicou que uma cidade bem sinalizada é uma cidade moderna que se importa com os seus moradores e visitantes. Ele salienta que o ideal para Porto Alegre, seria a instalação de 20 mil novas placas e a manutenção das cinco mil já existentes. “O investimento para atingir esta meta é de cerca de RS 10 milhões. No entanto, a prefeitura não tem estes recursos em razão da crise financeira”, acrescentou Dubin que defendeu a realização de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para a colocação de novas placas na cidade.

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