Polícia Ambiental apura três denúncias de contaminação do Rio dos Sinos

Polícia Ambiental apura três denúncias de contaminação do Rio dos Sinos

Previsão de estiagem pode agravar qualidade de água e mortandade de peixes

Renata Colombo / Rádio Guaíba

Mortandade de peixes já chega a 16 toneladas

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A Polícia Ambiental trabalha na inspeção de três empresas no Vale do Sinos, neste final de semana. Elas foram denunciadas nos últimos dois dias e são suspeitas de causar a mortandade de peixes, que já chega a 16 toneladas. O capitão do 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, Rodrigo Gonçalves dos Santos, afirmou que tem recebido informações que ajudam a reforçar as suspeitas sobre os focos poluidores.

O capitão informou que denúncias pode ser feitas através dos telefones: (51) 3326.1165 ou 3288.5146. Devido à extensão do desastre ambiental, o capitão acredita que não haja apenas um causador. Segundo ele, além disso, os moradores da Bacia do Sinos podem estar colaborando com a poluição, descartando o esgoto de forma indevida. A pena para quem comete crimes ambientais pode chegar a cinco anos de detenção, além de multa, cassação de licença e suspensão da atividade.

Outra preocupação da polícia é a previsão de um período de estiagem no Vale do Sinos. Segundo o capitão Santos, a quantidade de poluentes ainda não é suficiente para alterar as características da água a ponto da população não poder consumi-la. Ele explicou, no entanto, que se houver baixa no nível do rio, a carga de detritos terá uma proporção maior, podendo oferecer riscos à saúde dos moradores da região.

Na sexta-feira, o diretor-presidente da Corsan, Luiz Zaffalon, antecipou que a companhia pode interromper o fornecimento de água para cidades abastecidas pelo Rio dos Sinos caso sejam identificadas alterações nas características da água distribuída.

A companhia reforçou o monitoramento no laboratório central e nas estações de captação. O diretor explicou que os mais de 600 mil moradores dos municípios de Campo Bom, Esteio, Sapucaia do Sul, Canoas e Nova Santa Rita passaram a receber água, cujo tratamento foi intensificado com a aplicação de produtos como carvão ativado, cal e cloro.

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