Polícia faz barreiras para impedir ocupação de canteiro de obras

Polícia faz barreiras para impedir ocupação de canteiro de obras

Trabalhadores demitidos da Usina de Candiota teriam prometido ocupar o local

Jossicar Saraiva/Correio do Povo

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Cerca de 150 policiais da Brigada Militar formaram barreiras em estradas de acesso às obras da Fase C da Usina de Candiota nesta segunda-feira. Segundo o comandante do 6º Regimento de Polícia Montada, capitão Emílio Teixeira, a mobilização policial aconteceu porque alguns trabalhadores demitidos pela Empresa Iesa, que abandonou as obras na semana passada, prometiam realizar a ocupação do canteiro de obras para protestar contra a falta de pagamento dos seus salários e direitos rescisórios. “A Brigada Militar está empenhada em proteger o patrimônio das empresas que atuam no canteiro de obras da usina”, informou o comandante.
 
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, Nicanor Fára, afirma que a entidade não apoia a ocupação do canteiro de obras. Ele justifica que o que cabia à entidade já foi feito quando ingressou na Justiça obtendo medida liminar que determinou o bloqueio dos créditos da Iesa, junto ao Grupo Citic, responsável pelas obras, e dos bens dessa empresa no canteiro de obras para garantir o pagamento integral dos demitidos.

Já o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, recebeu na manhã desta segunda-feira em seu gabinete uma comissão de representantes dos trabalhadores da Iesa que residem no município e que foram demitidos na última semana. Eles foram externar sua preocupação com a falta de informações sobre o futuro e solicitar o apoio do prefeito para a manutenção dos empregos, alegando que ninguém tem se manifestado sobre o futuro dos 300 trabalhadores de Candiota que figuram entre os 800 demitidos.

Folador se comprometeu em lutar pela manutenção dos empregos deles, já que há um acordo entre a prefeitura e as empresas que trabalham na fase C. “O município reduziu para 1% o ISS destas empresas, que se comprometeram em empregar pelo menos 50% da mão-de-obra local”, explicou o prefeito.

O prefeito disse também que vem mantendo contatos com a CGTEE e busca uma audiência com diretores do Citic para expor a situação e solicitar a adoção de providências para que sejam evitados prejuízos aos operários do município.

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