Polícia vai ouvir testemunhas de atropelamento em Pedro Osório

Polícia vai ouvir testemunhas de atropelamento em Pedro Osório

Morte de grávida e criança de quatro anos causou comoção na cidade

Luciara Schneid / Correio do Povo

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As testemunhas do atropelamento que causou a morte da funcionária pública Bianca Velleda dos Santos, de 32 anos, grávida de sete meses, e do seu filho de quatro anos, começarão ser ouvidas em breve, informou nesta sexta-feira o delegado Félix Rafanhim, titular da Delegacia de Polícia (DP) de Pedro Osório, na Zona Sul do Estado. “O momento ainda é de cautela, pois a situação não está clara”, explicou.

O entregador de pizzas que seria o responsável pelas mortes foi ouvido na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Pelotas e liberado. Ele pode responder por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, ou por homicídio doloso, se confirmada a tese de dolo eventual, que ocorre quando a pessoa assume deliberadamente o risco de matar. Rafanhim explicou que o motociclista também pode responder por provocar o aborto na gestante, além dos dois outros homicídios.

As mortes comoveram a comunidade. Funcionária da Câmara de Vereadores há 13 anos, Bianca estaria atravessando a rua para retornar para casa, após passar a tarde com o filho na praça José Bonifácio, centro da cidade, quando a motocicleta os atingiu. A Câmara decretou luto oficial de três dias.

A grávida, o menino e o condutor da motocicleta, um entregador de pizzas, foram encaminhados ao Pronto-Socorro de Pelotas (PSP), pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas somente o motociclista sobreviveu. Segundo a ocorrência policial, o velocímetro da motocicleta apontava velocidade de 110 km/h no momento do acidente, mas somente o laudo da perícia deve apontar se o condutor trafegava a essa velocidade ou se houve defeito no equipamento.



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