Policiais são atingidos por pedras e garrafas em ação de dispersão de aglomeração em Porto Alegre

Policiais são atingidos por pedras e garrafas em ação de dispersão de aglomeração em Porto Alegre

20º Batalhão da BM recebe cerca de 150 chamados por perturbação do sossego por final de semana

Gabriel Guedes

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A Brigada Militar foi chamada na madrugada deste domingo para atender a mais uma ocorrência de perturbação do sossego na zona Norte de Porto Alegre. Três guarnições do 20º Batalhão de Polícia Militar foram acionados para dispersar uma aglomeração de pessoas que atrapalhava o descanso dos moradores da Rua Carmelita Grippi, no bairro Rubem Berta. Quando os policiais chegaram para acabar com a situação incômoda, por volta das 3 horas da manhã, foram recebidos com pedras e garrafas, que era atiradas pelos frequentadores. Ninguém ficou ferido na ação, segundo o subcomandante do 20º BPM, major Ives Cláudio Pacheco. 

Conforme o oficial, a cada final de semana são recebidos cerca de 150 chamados na região atendida pelo Batalhão. Além desta ocorrência, os policiais atenderam a mais duas durante a madrugada, em uma delas, em uma casa. Não muito perto dali, em Alvorada, de sexta para sábado, a BM também tinha acabado com uma festa rave. “É o que acontece todos os finais de semana na nossa área. Normalmente há outros crimes associados”, resume Pacheco.

O comandante conta que havia um grande número de pessoas que juntaram na praça Professor Jorge dos Santos Rosa, bloqueando a via e com som alto. Após receber um grande número de chamados, os policiais militares foram até o local. “As guarnições chegaram para restabelecer a ordem e foram hostilizados. Em função disso, teve a necessidade da aplicação dos métodos de dispersão”, explicou o major. Foram utilizados bombas de gás lacrimogêneo, que segundo o Pacheco, “dispersa a multidão, evitando um conflito direto”.

O major explicou que o atendimento a ocorrências de perturbação do sossego acaba também ajudando na questão da Covid-19, ao dispersar aglomerações, mas ele frisa que o atendimento a estas situações é para restabelecer as condições de descanso dos moradores. “São eventos migratórios, que com a presença do policiamento, o pessoal acaba saindo para outros lugares. Normalmente há outros crimes associados, como consumo de álcool por menores e tráfico de drogas”, completa.

A demanda enfrentada pelo Batalhão é apenas uma amostra do que são os finais de semana em Porto Alegre e Região Metropolitana. Na madrugada anterior, na área do 24º BPM, em Alvorada, no bairro Tijuca, havia uma festa rave no meio do mato. No local havia aproximadamente 300 veículos e 1.000 pessoas, que ao perceberem a aproximação dos policiais fugiram. Não foi possível identificar os responsáveis pelo evento.


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