Poliomielite: Pará investiga caso de paralisia em criança de 3 anos

Poliomielite: Pará investiga caso de paralisia em criança de 3 anos

De acordo com Secretaria de Saúde do Estado, paciente se recupera em casa

Correio do Povo e R7

Vacina contra Pólio está incluída no calendário nacional de imunizações

publicidade

A Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) investiga um caso suspeito de Poliomielite em um paciente de 3 anos, morador da cidade de Santo Antônio do Tauá, no Nordeste do Estado. Em exame, foi detectado o vírus Sabin Like 3, que é um dos componentes da vacina, não se tratando do pólio vírus selvagem - já erradicado no país desde 1994. Apesar do resultado, a Sespa afirma que “outras hipóteses diagnósticas não foram descartadas, como Síndrome de Guillain Barré". Portanto o caso segue em investigação conforme o que é preconizado no Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde.

A criança começou a apresentar os sintomas em 21 de agosto, com febre, dores musculares, mialgia e um quadro de paralisia flácida aguda, um dos sintomas mais característicos da poliomielite. Dias depois, perdeu a força nos membros inferiores e foi levada por sua responsável a uma UBS (Unidade Básica de Saúde) no dia 12 de setembro.

A pólio, também conhecida como paralisia infantil, é transmitida por água e alimentos contaminados ou contato com uma pessoa infectada. A doença afeta principalmente crianças com menos de cinco anos de idade. Uma em cada 200 infecções leva a uma paralisia irreversível, geralmente das pernas. Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.

Em nota, a Sespa ressalta que “presta toda a assistência ao paciente, que se recupera em casa, bem como, atua para a rápida investigação e esclarecimento do caso.” O Ministério da Saúde também acompanha o caso.

O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. No entanto, até que a doença seja erradicada no mundo, existe o risco do país ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território. Para evitar isso, é importante manter as taxas de cobertura vacinal altas e fazer vigilância constante, entre outras medidas.

Como é o esquema vacinal contra a poliomielite?

O PNI (Programa Nacional de Imunizações) indica que a imunização das crianças devem ser por meio de três doses da VIP (vacina inativada contra poliomielite), aos 2, 4 e 6 meses de vida da crianças. As 15 meses e aos 4 anos todos devem receber o reforço com o imunizante da gotinha, via oral, que contém o vírus atenuado da doença. 

Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou não há registro de circulação viral de poliomielite no Brasil. A pasta acrescenta que enviou equipe ao estado do Pará nesta quinta-feira para investigar um caso de paralisia flácida aguda. O ministério ressalta que, de acordo com informações enviadas pela Secretaria Estadual de Saúde, o caso pode estar relacionado a um evento adverso ocasionado por vacinação inadequada e não se trata de poliomielite.

A vacinação contra a pólio por via oral, com as gotinhas, só está prevista no Brasil para crianças que já foram imunizadas com as três doses da vacina injetável intramuscular, o que não teria acontecido nesse caso. 

"O Ministério da Saúde reforça que pais e responsáveis vacinem suas crianças com todas as doses indicadas para manter o país protegido da poliomielite, doença erradicada no Brasil".


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895