Porto Alegre ainda se recupera dos estragos do temporal

Porto Alegre ainda se recupera dos estragos do temporal

De acordo a EPTC, das 32 ruas bloqueadas em Porto Alegre, 11 delas estavam com interrupção total

Henrique Massaro

Carro foi atingido por uma enorme árvore na Ferreira Viana

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Dois dias depois do vendaval que devastou diversos pontos de Porto Alegre, a cidade ainda não conseguiu se recuperar. Mesmo com o tempo estável que chegou à Capital desde a segunda-feira, os estragos ainda estão sendo reparados pelo poder público. Na manhã desta terça-feira, os principais sinais deixados pelo temporal de domingo podiam ser vistos no trânsito, que permanecia bloqueado em 32 ruas devido a árvores derrubadas pela força dos ventos, que ultrapassaram os 120 quilômetros por hora.

O Parque Farroupilha (Redenção), assim como o Jardim Botânico, foi outra grande área verde da Capital a sofrer com o vendaval de domingo. Diversas árvores do entorno do parque estavam quebradas próximo da base, com sua estrutura presa apenas por uma pequena parte do tronco ou completamente caídas. Dentro da Redenção, a vegetação também apresentava estragos, ainda que em menores proporções. Com a quantidade de galhos e vegetais, equipes em caminhões faziam o recolhimento das árvores quebradas pelo temporal.

A rua Ferreira Viana, no bairro Petrópolis, foi uma das mais prejudicadas pelo vendaval e uma na qual os estragos permaneceram por mais tempo. Árvores de grande porte caíram na via, que precisou ser bloqueada pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Na manhã de ontem, a linha de ônibus 436 - Jardim Ipê ainda era desviada. Funcionários da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (SMAMS) estavam no local, onde, com auxílio de serras elétricas, tentavam retirar os restos de vegetação.

Em uma das esquinas da Ferreira Viana, na rua General Souza Doca, um carro estava com uma das árvores caídas sobre o capô, fazendo com que as rodas traseiras ficassem suspensas. De acordo com o relato de moradores do local, o incidente ocorreu no começo do temporal de domingo, quando o motorista passava pela rua. Ele teria percebido que a árvore viria abaixo no momento certo e deixado o automóvel instantes antes da queda e sem se ferir.



De acordo com o balanço da EPTC, das 32 ruas bloqueadas, 11 delas estavam com interrupção total no trânsito, impedindo a passagem de veículos e até a locomoção dos pedestres. As demais tinham apenas bloqueios parciais. Outro problema foi em relação à queda de postes, que além de deixar as residências sem luz, também bloqueou o trânsito. A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) informou no início da tarde que os serviços seguiam, sendo os casos mais complicados os que envolviam podas e retiradas de árvores, o que tornou a retomada do fornecimento mais complexa. Cerca de 1,5 mil pontos, a maioria isolado, permaneciam sem energia. No auge do temporal, 400 mil usuários ficaram sem energia elétrica.

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