Porto Alegre estuda barreira sanitária no aeroporto pelo período de 14 dias

Porto Alegre estuda barreira sanitária no aeroporto pelo período de 14 dias

Abordagem para triagem e testagem proposta é para passageiros que desembarquem com origem do exterior

Jessica Hübler

Abordagem para triagem e testagem proposta é para passageiros que desembarquem com origem do exterior

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Mais um passo foi dado pela Prefeitura de Porto Alegre para implementar barreiras sanitárias no Porto Alegre Airport - Aeroporto Internacional Salgado Filho visando identificar e monitorar passageiros que ingressam na Capital eventualmente contaminados com novas variantes do novo coronavírus (VOCs). E, ainda, minimizar o impacto da entrada de novas VOCs no município, que possam elevar os índices de contágio do vírus, comprometendo o sistema de saúde municipal.

A intenção é promover a identificação e a testagem, ainda no Aeroporto, de pessoas sintomáticas ou assintomáticas que tenham tido contato com a nova variante. O diretor da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (DVS/SMS), Fernando Ritter, participou de reunião no aeroporto nesta sexta-feira, acompanhado por técnicos da DVS e professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que serão parceiros na ação. 

Ele explicou que a ideia é promover barreiras sanitárias por 14 dias, com avaliação após este período. Também estavam representados Secretaria Estadual de Saúde (Centro Estadual de vigilância em Saúde, Fraport Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e integrantes de companhias aéreas.

A abordagem proposta é a de passageiros que desembarquem em Porto Alegre com origem do exterior, independente de escala prévia no Brasil; passageiros de viagens domésticas, com origem no estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, onde já há confirmação da variante delta (Indiana). Também poderão ser incluídos passageiros de voos domésticos, oriundos de outros estados do Brasil, a partir do momento em que houver confirmação da variante delta ou outras variantes.

A DVS emitirá ofícios para as companhias aéreas solicitando parceria para que nos voos seja informada a realização da barreira sanitária e solicitado preenchimento de formulário pelos passageiros. O trabalho de monitoramento, triagem e testagem será coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, e realizado em parceria com empresas aéreas nacionais e internacionais, Anvisa, Governo do Estado do RS, Fraport Brasil e Ufrgs.

Ainda não há previsão para início das barreiras sanitárias no Aeroporto Internacional Salgado Filho. Uma nova reunião será realizada no aeroporto na próxima segunda-feira para tratar do assunto. O horário ainda será definido.

Congonhas já tem barreira sanitária

Em São Paulo, no Aeroporto de Congonhas, já está funcionando uma barreira sanitária. As equipes identificaram 33 pessoas com sintomas de Covid-19 em desembarques no terminal. O teste de um passageiro deu resultado positivo e nove aguardam o resultado do exame de RT-PCR. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de São Paulo, o caso ainda está em investigação genética no Instituto Butantan.

Desde 27 de maio, mais de 30 mil pessoas foram abordadas pela Vigilância Municipal paulista em ações que pretendem identificar e cadastrar os casos suspeitos do novo coronavírus no Aeroporto de Congonhas, nos terminais rodoviários do Tietê, Barra Funda e Jabaquara e no terminal de cargas da Vila Maria. O objetivo é evitar a disseminação da cepa indiana do vírus na cidade de São Paulo.

Nos terminais rodoviários de São Paulo também estão sendo realizadas ações preventivas. Os passageiros sintomáticos dos ônibus oriundos do Maranhão e dos municípios de Juiz de Fora, em Minas Gerais e Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro, estão sendo testados diariamente no Terminal do Tietê, das 5h30 à meia-noite. De acordo com dados da Prefeitura de São Paulo, desde o início da ação, nos três terminais rodoviários da capital, cerca de 9,6 mil pessoas foram abordadas, sendo duas sintomáticas no Tietê.

Todas as pessoas com sintomas foram orientadas a ficar em isolamento social, e o resultado dos exames devem ser liberados entre 48h e 72h. A recomendação inicial é fazer o isolamento em casa até a liberação do resultado do teste. Para realização dos testes, em São Paulo, são seguidas as diretrizes do Ministério da Saúde, e apenas passageiros que apresentam sintomas fazem os exames. 

Para viajantes que não tenham condições financeiras, estão reservados 60 quartos de hotel, custeados pela prefeitura, para que o isolamento seja feito de maneira adequada. Caso seja identificado algum caso com a variante indiana da Covid-19, a pessoa será encaminhada para o Hospital Geral Guaianazes para o tratamento. A unidade, que pertence ao estado, conta com 20 leitos de enfermaria e 10 de unidade de terapia intensiva (UTI).


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