Porto Alegre manterá locais de testagem contra a Covid-19 até o final de março

Porto Alegre manterá locais de testagem contra a Covid-19 até o final de março

Secretaria Municipal de Saúde prevê aumento da procura após o feriadão de Carnaval

Felipe Samuel

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Projetando alta da procura por testagem rápida de antígeno contra a Covid-19 a partir da próxima semana, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) vai manter - pelo menos até o final de março - as cinco tendas instaladas em Porto Alegre destinadas ao atendimento da população. Embora o movimento nesses locais tenha diminuído no final de fevereiro, as aglomerações no litoral gaúcho durante o Carnaval podem refletir na busca por mais testes para a Covid-19.

A diretora de Atenção Primária à Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Caroline Schirmer, explica que o número de casos positivos para a doença mantém curva decrescente, mas avalia que deve a procura por testes deve crescer na próxima semana como reflexo das reuniões durante o Carnaval e os descuidos em meio às festas. "É mais tempo sem máscara e com contatos familiares mais próximos, o que é diferente do que a gente tem no dia a dia, por exemplo, do pessoal que vai trabalhar, que acaba utilizando máscara no trabalho e tem um cuidado maior", compara.

Ela alerta que durante o período foram "cinco dias em que quase ninguém usa máscara" ou utiliza apenas para ir ao supermercado, como no litoral gaúcho. "Na praia o pessoal acaba não utilizando máscara. A gente sabe que a ômicron contamina mais e também tem o retorno agora da população. Os jovens que acabaram indo e fazendo festas retornam para casa e acabam contaminando familiares, e é aí que vem o 'boom' que a gente imagina que vai acabar subindo um pouco essa curva (de contaminação)", comenta.

Surgimento dos sintomas

Conforme Caroline, o aumento dos casos confirmados reflete diretamente na procura por unidades de saúde e de pronto atendimento. "Imaginamos que agora, na próxima semana, a gente vai vivenciar essa procura, até porque tem a questão do início dos sintomas das Covid. Não é tão imediato, de cinco a seis dias depois que as pessoas observam os sintomas", completa. Ao manter as instalações em operando até o final de março, a prefeitura visa garantir o acesso da população ao sistema de saúde e evitar suspender, por exemplo, atendimentos eletivos.

Ela acredita, no entanto, que a Capital vai passar pelo mesmo cenário da Europa, que registrou "pequeno rebote" da ômicron, com elevação muito pequena. "Não vamos viver o que vivemos em meados de janeiro, mas ela vai ter um aumento. Agora vai ser muito tranquilo. Aquela época a gente estava estruturando os centros de testagem e agora temos cinco montados e funcionando a pleno", destaca. No final de março, a ideia é reavaliar o movimento de pacientes, principalmente os sintomáticos respiratórios. "Se tiver diminuído, a gente consegue desmontar, desativar essas tendas e colocar outros atendimentos", observa.

Movimento em postos de saúde 

Após registrar explosão de casos positivos para o novo coronavírus no final de janeiro, a Capital vem observando redução gradual dos novos casos confirmados e da procura por testes rápidos nas unidades de saúde. Durante a semana, os postos de saúde registraram movimento fraco, com a realização de poucos testes. Por conta disso, o movimento nas tendas instaladas na cidade destinadas a atendimento de pacientes com sintomas respiratórios também segue reduzido.

Na Unidade Básica de Saúde da Tristeza, na Zona Sul, o movimento é reduzido nesta quinta-feira. Com sintomas da doença, Manoela Czuka aguardava para fazer o teste rápido para a Covid-19. Mesmo com três doses da vacina, há 15 dias ela testou positivo para a doença.


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