Porto Alegre perde mais de R$ 39 milhões por ano em reciclagem
Assunto foi tema de reflexão na abertura da 34ª Semana do Meio Ambiente que ocorreu nesta segunda-feira
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"A reciclagem em Porto Alegre é feita há 28 anos, mas lamentavelmente está abaixo do que precisa", disse. Estes R$ 39 milhões que se perdem, chegariam às cooperativas, gerando emprego, renda, consumo, impostos. "É um recurso que voltaria para a economia da cidade", ressaltou Fernandes.
O assunto é objeto de reflexão dentro da 34ª Semana do Meio Ambiente, que terá como tema "Gestão de Resíduos Sólidos e Paisagem Urbana: Poluição Visual". O evento, promovido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), ocorre até 12 de junho. Conforme o secretário, é preciso considerar que, se a população não faz a separação adequada dos resíduos, "não adianta a prefeitura ter um sistema de logística para levar esse lixo para as Unidades de Triagem". "A cidade perde R$ 107 mil por dia, justamente por não fazer esta triagem", ressaltou.
De acordo com ele, é preciso compreender que a gestão de resíduos se faz com responsabilidade compartilhada. "A responsabilidade está em cada etapa do processo. Na minha casa, eu sou o responsável. Quando coloco o resíduo na lixeira, a prefeitura é responsável", explicou.
Segundo ele, a triagem inadequada dos resíduos é uma das principais culpadas pela ineficiência da reciclagem na cidade. "Precisamos pautar o tema, no aspecto da educação ambiental pois, quanto mais se fala do assunto, mais as pessoas irão refletir para qualificarmos o processo como um todo", destacou.
Durante a cerimônia de abertura do evento, realizada na tarde desta segunda-feira, o prefeito Nelson Marchezan Júnior assinou o decreto que institui o Programa de Conversão de Multas Ambientais. "Incluir a questão ambiental dentro da questão de planejamento, dentro de uma questão de visão de cidade que se quer no médio e longo prazo, estabelecendo normas cada vez mais claras e deixando a cada momento menos espaços para as ideias pessoas, para os conceitos individuais", disse.
Conforme Marchezan, o decreto busca, também, retirar certas obrigações da máquina pública e impedir que as multas entrem "no poço sem fundo que são as finanças públicas" e que sejam revertidas, "de imediato, em resultado, em reparação e em algo efetivamente que a sociedade possa desfrutar". "Que cada vez mais a gente se livre da burocracia que faz os recursos se perderem e que faz os benefícios da sociedade demorarem muito mais para chegar na vida das pessoas, agilizando a punição e a reparação", enfatizou.
A programação da 34ª Semana do Meio Ambiente conta com palestras, oficinas, trilha ecológica, implantação de hora e workshops, que terão como foco assuntos relativos à inovação e tecnologia, áreas verdes, resíduos sólidos, logística reversa, educação ambiental, desenvolvimento sustentável e consumo consciente de energia. A agenda completa das atividades pode ser conferida no site da Smams.
