Porto Alegre poderá produzir 90 mil toneladas de asfalto por ano

Porto Alegre poderá produzir 90 mil toneladas de asfalto por ano

Usina no bairro Sarandi entrará em funcionamento em 15 dias

Cláudio Isaías

Prefeito Sebastião Melo destacou que a estrutura do bairro Sarandi, na zona Norte da Capital, entrará em funcionamento em 15 dias

publicidade

Porto Alegre poderá passar a produzir 90 mil toneladas de asfalto por ano. O material produzido nas usinas da Restinga e do Sarandi será utilizado para a conservação de 2.800 mil quilômetros de vias da Capital. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo prefeito Sebastião Melo durante a assinatura do documento que permitiu a operação da usina de asfalto da Restinga pela empresa Planaterra, de Santa Catarina. A estrutura localizada na zona Sul da cidade já começou a funcionar.

Segundo Melo, a estrutura do bairro Sarandi, na zona Norte da Capital, entrará em funcionamento em 15 dias.  "Porto Alegre terá não só serviços emergenciais, mas uma conservação padrão, melhoria da conservação permanente e um trabalho preventivo, que não era feito", ressaltou o prefeito.

Melo afirmou que é um enorme desafio manter a conservação das vias da Capital. "As usinas da Restinga e do Sarandi são fundamentais para a manutenção das ruas e avenidas. Queremos resolver o problema de forma definitiva. O cidadão que anda pela cidade merece vias em bom estado", acrescentou o prefeito.

O secretário municipal de Serviços Urbanos, Marcos Felipi Garcia, informou que o contrato com a empresa Planaterra é completo, e não emergencial. A ideia da prefeitura é que seja realizado um serviço preventivo para que não precise mais ter as chamadas operações tapa-buraco.

"Vamos dar mais qualidade as ruas e avenidas de Porto Alegre", ressaltou Garcia. No final do mês de fevereiro, a prefeitura assinou dois novos contratos para a conservação e manutenção asfáltica de ruas e avenidas.

Para a realização dos serviços, foram feitos estudos para mudar a estratégia de execução e realizados dois processos de licitação. A empresa Planaterra venceu a concorrência pública. 

Entre 2013 e 2014, o município adquiriu duas usinas, uma no bairro Sarandi e outra no bairro Restinga, para produção de concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ), aplicado na conservação viária. Mas, atualmente, apenas a usina do Sarandi está em operação onde são produzidos em média 18 mil toneladas de asfalto por ano.

Antes do novo modelo, a prefeitura de Porto Alegre gerenciava sete contratos de conservação asfáltica, que passam a ser unificados. A empresa contratada ficará responsável pela operação e manutenção das usinas de asfalto, gestão dos caminhões térmicos, aquisição de insumos do sistema de operação, óleo BPF e diesel, aquisição de insumos do CBUQ, pó de pedra e areia.

A exceção é o cimento asfáltico de petróleo (CAP), que fica de responsabilidade da prefeitura. O principal objetivo, segundo Garcia, é reduzir, ao longo dos próximos anos, a necessidade de conservação emergencial (tapa-buraco).

A empresa Planaterra ficará responsável pela execução dos serviços de conservação emergencial, conservação padrão, permanente e preventiva. Também estão previstos a execução de base e sub-base da estrutura do pavimento, nivelamento de meio-fio e tampas de poços de visitas e limpeza de redes de drenagem nas áreas onde forem realizadas a conservação asfáltica e houver necessidade destes serviços complementares.

Uma novidade é conservação preventiva que nunca foi realizada no município. A previsão é que sejam executados 222 mil metros quadrados de lama asfáltica e micro revestimento asfáltico para este tipo de serviço que busca atender áreas que estão em fase inicial de degradação, rejuvenescendo o pavimento e reduzindo a propagação acelerada dos problemas causados pelas chuvas e pelo tráfego.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895