Porto Alegre recebe primeira Marcha da Maconha após liberação do STF
Evento começa às 14h, no Parque da Redenção
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Antes da marcha haverá apresentação teatral, oficina de cartazes e concurso de fantasias. Um dos organizadores do movimento, Leonardo Gunther, pede às pessoas para irem fantasiadas à caminhada. Segundo ele, também será lançado o jornal O Camarão, informativo para divulgar notícias sobre o movimento.
Nos cartazes espalhados pela cidade informando da realização da marcha o Princípio Ativo destaca o julgamento do STF, que liberou eventos do tipo em junho do ano passado. Pela decisão, os direitos constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização de eventos denominados Marcha da Maconha. Consta no informativo a frase “Não leve drogas! Leve ideias!”.
A marcha deste ano será a primeira sem habeas corpus preventivo. Nas edições anteriores, o recurso jurídico foi solicitado para evitar a repressão policial e a eventual prisão dos participantes, pois ainda não havia decisão do Supremo. A manivestação é realizada em Porto Alegre de maneira ininterrupta desde 2008.
O lema da edição de hoje propõe um debate sobre a política de crimilalização das drogas. Para os ativistas, o modo como a situação é enfrentada no Brasil é gerador de violência. Eles defendem um modelo de regulamentação da produção, do cultivo e do uso da maconha. “A ideia é trazer essa reflexão para a população... a política adotada até hoje no Brasil com relação a esse tema é um fracasso”, disse Gunther.