Porto Alegre tem ato na avenida Goethe a favor de Bolsonaro e contra o STF e Congresso

Porto Alegre tem ato na avenida Goethe a favor de Bolsonaro e contra o STF e Congresso

Manifestantes utilizavam camisetas verde e amarela onde se lia "Supremo é o povo"

Cláudio Isaías

Manifestantes criticaram as recentes decisões dos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, presidente do Supremo

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Um grupo de apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, protestou neste domingo em Porto Alegre contra “a ditadura do Supremo Tribunal Federal (STF)". O ato que reuniu mais de 100 pessoas foi realizado na avenida Goethe, no bairro Moinhos de Vento. Com bandeiras do Brasil, vestindo camisetas verde e amarela onde se lia "Supremo é o povo" e pretas com o rosto do presidente Jair Bolsonaro, os manifestantes criticaram as recentes decisões dos ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, presidente do Supremo.

Em razão da manifestação, os agentes da EPTC bloquearam a via para a circulação de veículos em ambos os sentidos para que o caminhão de som pudesse ocupar a Goethe. Os bolsonaristas carregavam cartazes com ataques a Suprema Corte brasileira com mensagens: "Abaixo a ditadura dos ministros do STF", "Fora Alexandre de Moraes", "O congresso não se importa com o Brasil" " e "Te liga, Nhonho", um cartaz com a fotografia do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também foi alvo das criticas do público por defender o isolamento social como forma de combate a pandemia da Covid-19. 

Já o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi ovacionado pelos manifestantes com cartazes "Je Suis Weintraub". Ele foi indicado para assumir uma representação brasileira no Banco Mundial em Washington, nos Estados Unidos. Os manifestantes, uma boa parte deles, que participou do protesto não utilizava máscara. Os cantos da Banda Loka Liberal trataram de ironizar as decisões dos ministros do STF, do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a esquerda brasileira e o isolamento social em decorrência da pandemia do coronavírus.

Fernanda Barth, da Livre Iniciativa para Todos, disse que o protesto era contra alguns ministros do Supremo que estão tendo uma postura antidemocrática e de cassação da liberdade civil. "Estamos lutando pela nossa liberdade de opinião e de expressão porque isso eles não podem nos tirar. Eles querem hoje criminalizar a opinião no Brasil para que ninguém possa criticá-los. Os ministros do STF são servidores remunerados com dinheiro público", acrescentou.

Fernanda Barth disse que os ministros deveriam, no mínimo, respeitar a Constituição Federal. "O que temos visto hoje é que eles tentam usurpar poderes do Executivo e calar pessoas que se manifestam contra eles. Neste momento, o pior de todos, é o ministro Alexandre de Moraes pelo desserviço que tem feito ao Brasil no que diz respeito a liberdade de opinião e de expressão", ressaltou. Ela defendeu que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, paute o impeachment de Moraes porque se não ele vai estar incorrendo em crime de prevaricação.

Já o deputado estadual Eric Lins (DEM) afirmou que o Brasil está vivendo um momento de não normalidade democrática. "O poder do STF está extremamente exacerbado. Esse tipo de abuso do Supremo precisa acabar. O ministro Alexandre de Moraes está abusando e transgredindo", explicou. Já o deputado estadual Rui Irigaray (PSL) disse que a manifestação era democrática e patriota em defesa do Brasil. 

"Queremos que os ministros do Supremo defendam a Constituição Federal e não seus interesses pessoais", destacou. Conforme Irigaray, o papel do STF não é legislar, esse papel cabe ao Legislativo, e o presidente Jair Bolsonaro, segundo o deputado, tem sido diariamente atacado pelo ministro Alexandre de Moraes.


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