Porto Alegre tem filas já à noite para renovação do CadÚnico

Porto Alegre tem filas já à noite para renovação do CadÚnico

Pessoas se preparavam para enfrentar frio e chuva na expectativa de longa espera para cadastro em programas sociais

Taís Teixeira

Fila se formava já durante a noite, antes de instituição abrir

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"Trouxe cobertor, cadeira e algo para comer”. Assim que a dona de casa  Luzinete Mota Rodrigues, moradora do bairro São José, se preparou para passar a noite de frio e chuva e ter acesso a uma das fichas distribuídas no começo da manhã para garantir atendimento e conseguir  a renovação do  Cadastro Único para Programas Sociais ou CadÚnico,  documento que  identifica  famílias de baixa renda existentes no país para fins de inclusão em programas de assistência social e redistribuição de renda.  

Luzinete era a terceira pessoa da fila que se formava nesta quinta-feira em frente à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS) de Porto Alegre, na avenida João Pessoa, bairro Farroupilha.  Luzinete contou que chegou antes das 20h na fila. “Preciso desse dinheiro”,afirmou. O local é um dos três que oferece o serviço na Capital. os outros dois são o Vida Centro Humanístico, na avenida Baltazar de Oliveira Garcia, 2132, bairro Sarandi; e o Sine Municipal, na avenida Sepúlveda, esquina com Mauá, no Centro Histórico, todos com atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.  Patrícia Bica também estava pronta para passar a noite. “Eu estou sem trabalho e nenhum benefício, por isso estou aqui”, relatou.

No Sine, também havia pessoas prontas para pernoitar. A previsão é de frio e chuva para essa madrugada. Mais de 60 mil famílias de Porto Alegre precisam regularizar a situação cadastral do Cadastro Único até o dia 14 de outubro deste ano. O novo prazo foi divulgado pelo governo federal nesta quinta-feira por conta da grande procura pelo serviço, que gerou filas em diversos estados brasileiros. O prazo venceria originalmente nesta sexta-feira, 15.

Na Capital, são 127 mil famílias inseridas no sistema entre 2016 e 2017, de acordo com a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc). Destas, 50% precisam atualizar informações em uma das três unidades de atendimento da cidade.


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