Postos de saúde de Porto Alegre têm dia de vacinação tranquila contra a Covid-19
Na unidade de saúde Camaquâ, uma fila se formou, mas sem o tamanho das registradas na quarta-feira
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A vacinação contra a Covid-19 para as pessoas com doenças crônicas e comorbidades com 50 anos ou mais foi muito tranquila nos postos de saúde de Porto Alegre. Na manhã desta quinta-feira, ao contrário da quarta-feira, não havia aglomeração nas unidades de saúde e o público orientado pelos servidores da saúde manteve o distanciamento. Na unidade de saúde Camaquã, na zona Sul da Capital, e no Centro de Saúde Santa Marta, no Centro Histórico, muita gente aproveitouo para tirar fotos da aplicação da primeira dose da vacina da Pfizer e da AstraZeneca/Fiocruz.
Além das pessoas com doenças crônicas e comorbidades, teve continuidade a aplicação da primeira dose nos grupos anteriores: pessoas com síndrome de down maiores de 18 anos, gestantes e puérperas com alguma comorbidade maiores de 18 anos, pessoas com deficiência permanente cadastradas no programa de Benefício de Prestação Continuada de 55 a 59 anos, pessoas com HIV entre 55 e 59 anos e idosos com 60 anos ou mais.
Na unidade de saúde Camaquã, cerca de 100 pessoas estavam fila para realizar a imunização. Elas chegaram por volta das 7h e não se importaram com frio da manhã. A dona de casa Carmen Porto, que estava acompanhada da filha Amanda, estava muito emocionada por estar sendo vacinada. Ela lembrou do marido Luiz Fernando Hoffmann Porto, que morreu de Covid-19 em março, e não teve a oportunidade de se vacinar.
Já a bancária Marjana Zem agradeceu ao trabalho dos profissionais de saúde logo após receber a primeira dose da vacina da Pfizer. "Estou emocionada. Agora, é seguir com a vida e ver os netos", ressaltou.
No drive-thru do estacionamento da PUCRS que começou a atender o público a partir das 9h, a imunização foi exclusiva para os seguintes públicos: primeira dose da Astrazneca/Oxford para idosos 60 anos ou mais e gestantes. E segunda dose do mesmo imunizante para profissionais de saúde, trabalhadores em áreas de apoio à saúde e idosos.
Todos tiveram que apresentar documento de identidade com CPF e comprovante de residência em Porto Alegre, além da documentação relativa a cada comorbidade e cópia dos documentos para ficarem retidas nos postos. As vacinas oferecidas foram da AstraZeneca/Fiocruz e da Pfizer. Nos locais de vacinação, também estava disponível a segunda dose de Astrazeneca/Fiocruz para quem precisou completar a imunização.
Segundo o Centro Estadual de Saúde, a estimativa é de que no Rio Grande do Sul 1.150.997 pessoas tenham pelo menos alguma das seguintes comorbidades: diabetes, hipertensão arterial ou pulmonar, pneumopatia crônica grave, insuficiência cardíaca, cardiopatias, síndromes coronarianas, valvopatias, arritmia cardíaca, próteses valvares ou dispositivos cardíacos implantados, doença cérebro vascular, doença renal crônica, imunossuprimidos, anemia falciforme, obesidade mórbida, síndrome de down e cirrose hepática.
Para comprovar a doença, a pessoa deverá levar ao posto de saúde um documento médico (exames, receitas, relatório médico ou prescrição médica). Podem ser utilizados também os cadastros já existentes nas unidades de saúde.