Pousadas de Angra ficam sem turistas e demitem funcionários

Pousadas de Angra ficam sem turistas e demitem funcionários

Alguns estabelecimentos reduziram quadro funcional para menos da metade

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Após o deslizamento que destruiu uma pousada em Angra dos Reis, deixando mais de 50 mortos, os proprietários de estabelecimentos semelhantes na região sofrem prejuízos com falta de hóspedes. A situação os tem obrigado a demitir funcionários. Na pousada do Preto, a maior da região, o proprietário tinha 15 pessoas trabalhando antes da tragédia do dia 1º de janeiro. Agora, manteve apenas dois empregados efetivos e dispensou os outros, que atuavam como prestadores de serviço. Durante o réveillon a pousada estava com 105 hóspedes. Quase todos já foram embora e 90 % das reservas para o mês de janeiro já foram canceladas.

Na Três Coqueiros, havia cinco prestadores de serviço atuando na limpeza e na cozinha. Com a pousada vazia, todos foram afastados. O quadro se repete na pousada Quadra Nova: "Tínhamos oito funcionários e estamos agora trabalhando apenas com três. Estávamos contudo pronto para o verão, já tínhamos comprados todos os mantimentos e iriamos receber grupos que passam o verão aqui faz mais de 20 anos", diz a proprietária, Cristina Nakanashi Habama.

A crise também afeta a pousada do Satiko, uma das mais próxima do deslizamento que atingiu sete casas no Bananal. Duas funcionárias morreram na enxurrada. Uma outra estava doente e foi substituída, entretanto, como a pousada está vazia, os proprietários não puderam mantê-la e ainda afastaram três jovens que trabalhavam no bar. Para tentar amenizar a situação, a Associação das Pousadas de Bananal anunciou nesta quarta-feira um plano para recuperar o local. Uma das medidas, que já está em andamento, é o cadastramento de famílias para o recebimento de cestas básicas.

A entidade quer ainda um posto de atendimento de primeiros socorros (equipado com macas, oxigênio e rádios de comunicação), a restruturação das trilhas, remoção dos entulhos e paisagismo das praias e um estudo geológico profundo sobre a situação das encostas da enseada. A meta é que todas as ações estejam implantadas até janeiro de 2011.

Com informações do R7.

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