Próximo papa será parecido com João Paulo II, acredita arcebispo da Capital
Dom Dadeus Grings afirma que sucessor deverá falar com o povo
publicidade
Em dezembro, Bento XVI lançou uma conta no Twitter que conta com mais de 1,5 milhão de seguidores. O Papa ainda não postou sobre a renúncia. A saída dele acontecerá em 28 de fevereiro.
• Leia mais sobre a renúncia do Papa
Quando apresentou sua renúncia, Bento XVI abriu um bom precedente: deixou mais fácil esta decisão aos seus sucessores, pois não existe uma idade máxima para o Papa. “Foi elogiável e humilde a sua atitude, de um Papa lúcido, não é fácil sair”, analisou o arcebispo de Porto Alegre. “Pio XI falou no rádio, Pio XII na televisão, Bento XVI tuitava na internet. Agora, o próximo Papa precisa falar com o povo” observou o arcebispo.
Embora não fale em tom de crítica ao atual líder da Igreja Católica, Dom Dadeus reconhece: “Ele não era popular, como João Paulo II, e sim um intelectual, um Papa teólogo que tratou de grandes temas, do significado da palavra de Deus”.
Para o Arcebispo de Porto Alegre, o futuro papa pode ser um Europeu, embora pessoalmente torça para um brasileiro ou africano. A África, diz, é o continente onde mais cresce o catolicismo.
O próprio arcebispo vive momento de indefinição. Em sete de setembro de 2011, ao completar 75 anos, solicitou sua renúncia do cargo de arcebispo a Bento XVI. “Se até o dia 28 ele não nomear meu sucessor, a decisão ficará com o próximo papa”, explicou dom Dadeus.
Conforme o Arcebispo, não há um prazo para a eleição do novo papa. O colégio eleitoral é formado por 120 cardeais — destes cinco são do Brasil — e são necessários dois terços dos votos. Haverá convocação dos cardeais, o consistório para a discussão da Igreja no mundo atual e depois o conclame para a eleição.
A notícia chegou a Dom Dadeus somente pela imprensa. “Ninguém sabia ou imaginava. Foi uma surpresa”, acrescentou.