“Precisamos desenvolver uma cidade para as pessoas”

“Precisamos desenvolver uma cidade para as pessoas”

Diretor de ONG que auxiliará no Plano de Mobilidade destaca necessidade da busca por equilíbrio

Tiago Medina

Diretor da WRI, Lindau enfatiza que cidade deve priorizar pessoas e não veículos

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Não é porque irão se debater modais de circulação que um deles deverá ser priorizado nas diretrizes do Plano de Mobilidade Urbana (PMU) da Capital – apresentado pela Prefeitura nesta quarta-feira. Para o diretor do programa cidades da WRI Brasil, Luis Antonio Lindau, é necessário buscar equilíbrio nas formas de circulação: “Se houver uma prioridade, já é um mau plano”, afirmou.

ONG sem fins lucrativos, a WRI será uma apoiadora técnica da Prefeitura na elaboração do documento, que deverá estar pronto até dezembro para, em seguida, ser encaminhado à Câmara de Vereadores como projeto de lei. A organização, que não irá receber recursos pelo trabalho em parceria com a Prefeitura, já atuou na construção de projetos semelhantes em outras cidades, como Belo Horizonte e Olinda.

Para Lindau, o objetivo principal não deve ser beneficiar ônibus, bicicletas ou carros. E sim as pessoas: “A mobilidade é para as pessoas. Não precisamos desenvolver uma cidade para veículos e sim para as pessoas”, disse. “Isso é um desafio”, acrescentou. “Tem que achar um equilíbrio.”

Ele lembrou que muitas cidades europeias que hoje têm boa mobilidade, tinham um trânsito caótico décadas atrás. “Muitas cidades conseguiram reverter”, salientou. No entanto – frisou – tal mudança não ocorre de forma repentina: “Planos norteiam os investimentos em uma cidade. Faz todo o sentido ter um de mobilidade. Mas isso não significa que vá ficar tudo uma maravilha do dia para a noite”.

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