Prefeito de município no Alto Uruguai demite todos os secretários

Prefeito de município no Alto Uruguai demite todos os secretários

Medida adotada por prefeitura de Barra do Rio Azul visa economizar R$ 220 mil até o fim do ano

José Ody

A partir da próxima terça-feira, o município adotará horário único no serviço público

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O prefeito de Barra do Rio Azul, no Alto Uruguai, Ivonei Caovila (PDT, tomou uma medida inusita. Motivado pela queda no repasse de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FMP) e ICMS, Ivonei e o vice-prefeito, Carlos Zamadei, reuniram todos os secretários do município, localizado a 30 quilômetros de Erechim, e anunciaram a demissão dos mesmos.

O prefeito explicou a situação do município e justificou que para manter investimento é necessário cortar gastos. Ainda de acordo com Ivonei Caovila, entre os demitidos, dois eram servidores públicos de carreira, um já tem aposentadoria e os outros oito são agricultores. Todos os que foram demitidos tem outra renda financeira, garantiu.

Foram demitidos todos os sete secretários, três coordenadores (meio ambiente, esportes, gabinete do prefeito) e o chefe de obras. O prefeito disse que ainda vai cortar os CCs, que são quatro ou cinco e os FGs, também no mesmo número.

A partir da próxima terça-feira, o município adotará horário único no serviço público, o que também acarretará em economia. O valor das diárias será reavaliado e deverá diminuir. Cada secretário recebia R$ 3.552 por mês, disse o prefeito. Nos meses de junho, julho e agosto o município deixou de receber mais de R$ 150 mil em repasses do FPM e ICMS por causa da crise econômica.

Para substituir os secretários, o prefeito tentará sensibilizar e encontrar em cada pasta alguém disposto a assumir e responder pelo setor, mas mantendo seu vencimento atual sem ônus maior ao município. “Vou pedir a compreensão dos funcionários para que alguém responda pela saúde, pela obras e demais pastas sem ônus a mais”.

A prefeitura gastava cerca de 41% do orçamento com a folha de pagamento do funcionalismo. Com os cortes feitos, a folha ficará comprometida em torno 34% da receita mensal.

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