Prefeito de Porto Alegre orienta moradores das ilhas a deixarem as casas
Exército presta auxílio às famílias no bairro Arquipélago
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Em função do aumento do nível do Guaíba, que na manhã deste sábado atingiu o ponto crítico de 2,93 metros, mantendo 13 comportas fechadas no Cais Mauá, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, orientou os moradores das ilhas a deixarem suas residências por questões de segurança e saúde. “A situação se torna insustentável. Com a chegada da água, é impossível que estas famílias possam continuar, quer seja nas suas casas ou nas proximidades”, afirmou em entrevista à Rádio Guaíba neste sábado.
Apesar do alerta, o prefeito destacou que a prefeitura não pode obrigar ninguém a abandonar suas casas. “As nossas equipes estão tentando um convencimento, tentando mostrar a estas famílias que é importante que elas saiam porque, da forma como elas se encontram, com muita água e muita umidade, naturalmente as doenças começam a chegar e a fragilizar a saúde de todas estas famílias”, ressaltou Fortunati, lembrando que muitos não aceitam sair de suas propriedades por temerem saques.
Além de destacar a rede de solidariedade criada na Capital, Fortunati comentou que há muitos moradores da região já abrigados na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem e que a prefeitura conta com a ajuda do Exército para melhor atendê-los. Somente nesta manhã, equipes com 20 militares do Terceiro Regimento de Cavalaria de Guarda percorreram as ilhas auxiliando os atingidos pelas chuvas e pela cheia do Guaíba.
Além disso, cinco equipes, com técnicos da Saúde, Defesa Civil, Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) e Guarda Municipal, percorrem as Ilhas e os bairros Humaitá e Navegantes, desde o início da manhã, para atender os moradores que se negaram a deixar as residências e passaram a acampar às margens da BR 290 e de avenidas na área do entorno da Arena do Grêmio. Na zona Norte, famílias que aceitarem acolhimento serão levadas para a Escola Municipal Antônio Giúdice, no bairro Humaitá. Pela manhã, o prefeito vistoriou o trabalho no local.
Cerca de 550 pessoas recebem assistêncio da Prefeitura. Na ilha da Pintada, 90 permanecem abrigadas no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem e 50 no estaleiro e embarcações. Na Ilha do Pavão, há 80 desalojados e, na Ilha das Flores, cerca de 100 pessoas, em igrejas e abrigos improvisados pelos próprios moradores, e alimentados pela Prefeitura. Já o Ginásio Tesourinha, no bairro Menino Deus, atende 235 moradores, também do bairro Arquipélago.
