Prefeito verifica situação dos alagamentos na zona Sul de Porto Alegre

Para verificar a situação dos alagamentos na zona Sul de Porto Alegre, o prefeito José Fortunati esteve no bairro Guarujá na manhã desta sexta-feira. Acompanhado do diretor-geral do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) , Tarso Boelter, afirmou que a cheia na área não é resultado de problemas nos bueiros, nem nos arroios e, sim, consequência da elevação das águas do Guaíba. “É uma região muito difícil”, ressaltou. Os moradores mostraram a inundação das casas e pediram ajuda. Apesar de não estar concluído o levantamento dos afetados, Fortunati disse que será oferecido aluguel social para quem precisar sair das residências. O auxílio é de R$ 300,00 a R$ 500,00. “Estamos mostrando solidariedade e suporte dos nossos serviços”, observou.

O coordenador do Centro Administrativos Regionais (CARs) Sul, Eduardo Rava, disse que, na próxima terça-feira, será feito um mutirão para cadastrar os interessados no benefício. Para auxiliar os afetados, estão sendo distribuídos colchões, cestas básicas e produtos de limpeza. O ponto de doação fica na Juca Batista, 1580, bairro Ipanema. Entre os locais mais prejudicados estão a Vila dos Sargentos, onde 36 casas estão com a água a mais de meio metro. Na Vila Santina, pelo menos 12 foram atingidas.

O vice-presidente da Associação Comunitária de Moradores e Amigos da Zona Sul, Ivan Kley, declarou que os habitantes estão preocupados com os riscos à saúde. “O esgoto está transbordando nas ruas”, declarou.

A funcionária pública Marisa Rench, 62 anos, mostrou os danos causados pela enchente em sua casa a Fortunati e equipe. O vice-prefeito Sebastião Melo acompanhou o grupo, assim como o coordenador da Defesa Civil em Porto Alegre, Nelcir Tessaro.

O prefeito disse que aguardava a vinda da presidente Dilma Rousseff neste sábado ao estado para obter um retorno da demanda de auxílio para a Capital. Ele esteve em Brasília para relatar os prejuízos estimados em R$ 60 milhões. Porto Alegre não foi incluída no decreto de situação de emergência estadual porque não se enquadra nos critérios para receber recursos, que só permite auxílio aos municípios que tiveram prejuízo de 2,77% da receita corrente líquida. Fortunati pediu que, ao menos, as pessoas físicas pudessem acesso a benefícios como a retirada do FGTS.