Prefeitura de Porto Alegre adia retomada da revitalização da Usina do Gasômetro

Prefeitura de Porto Alegre adia retomada da revitalização da Usina do Gasômetro

Adiamento ocorreu em meio à desistência da Bienal do Mercosul em utilizar o espaço

Felipe Faleiro

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As obras de revitalização da Usina do Gasômetro, um dos símbolos de Porto Alegre, tiveram seu reinício adiado para a próxima segunda-feira, em razão de ajustes no cronograma. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi) nesta quinta-feira, mesmo dia em que as obras seriam retomadas. A Bienal do Mercosul desistiu de utilizar o espaço interno da usina para o evento deste ano, que ocorre entre 15 de setembro e 20 de novembro. O local está fechado há cinco anos.

Os trabalhos estão sendo executados pelo Consórcio RAC/Arquibrasil, e estão apenas 45% concluídos. O contrato assinado no final de 2019 previa que a reforma custasse R$ 11,4 milhões, valor que, graças a aditivos, subiu para quase R$ 14 milhões em 2021 e R$ 16,3 milhões neste ano. Deste montante, R$ 6 milhões já foram gastos, em áreas como piso e elevador. Havia a expectativa, não concretizada, de que a usina reabrisse para as comemorações dos 250 anos de Porto Alegre.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) barrou o uso da chaminé da usina durante o evento, o que contribuiu para a desistência por parte da fundação organizadora da Bienal. A revitalização iniciou em 2020, mas parou em outubro de 2021, quando todos os trabalhadores envolvidos foram demitidos, em razão de um ajuste no contrato entre a Prefeitura e o consórcio que realiza a reforma. Pela previsão mais otimista, há a expectativa de conclusão da reforma em até dez meses após o reinício dos trabalhos. 

No final de junho, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a doação definitiva e incorporação ao patrimônio do prédio da Usina do Gasômetro à Prefeitura, já que, desde 1982, ele estava cedido à Capital pela Eletrobras. Há a possibilidade de que o Executivo conceda o local à iniciativa privada, e projetos de possíveis usos estão em estudo. “No momento de redescoberta da orla, é fundamental que o prédio volte a ter funcionalidade”, disse o titular da Smoi, André Flores.


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