Prefeitura de Porto Alegre esclarece sobre o escorpião amarelo

Prefeitura de Porto Alegre esclarece sobre o escorpião amarelo

Não há emissão de alerta epidemiológico

Correio do Povo

Não há emissão de alerta epidemiológico

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A Prefeitura de Porto Alegre emitiu uma nota na tarde desta quinta-feira a respeito da circulação de mensagens nas redes sociais referentes à proliferação do escorpião amarelo em Porto Alegre e aos riscos que o animal oferece à cidade. O texto da Secretaria Municipal da Saúde esclarece que não há razão para pânico ou alarme e que não há emissão de alerta epidemiológico ou nota informativa à população ou a serviços de saúde.

O documento elenca ainda alguns fatos em relação ao animal:

• O escorpião amarelo não é um animal considerado nativo do Rio Grande do Sul. Mas, desde as primeiras visualizações, em 2001, a proliferação do artrópode fez com que ele seja considerado domiciliado em nossa cidade e no Estado. Isso quer dizer que não é possível exterminá-lo. É importante saber, que ele está presente na cidade, é possível que seja visto e o que deve ser feito ao localizá-lo.

• Em caso de visualização, se possível, o animal deve ser recolhido e encaminhado à Vigilância em Saúde. A captura somente deve ser feita com objeto longo, como pinças. Se for possível matá-lo, utilize utensílios rígidos. Não pise com chinelos. Ligue para o telefone 156 da prefeitura, informando o local da visualização, nome e telefone. A Equipe de Fiscalização fará contato preliminar antes da vistoria.

• O uso de inseticida doméstico não é indicado. Em situações específicas, empresas de controle de pragas podem ser consultadas e contratadas.

• Porto Alegre tem registrado de forma crescente visualizações do animal, especialmente em três áreas da cidade: Lomba do Pinheiro, bairro Anchieta e ruas do Centro Histórico. Em 2018, foram 80 registros de visualização do animal. Em 2017, 15.

• Os casos de acidentes, no entanto, têm apresentado queda: Em 2016 foram três picadas; em 2017, cinco; em 2018, um jovem adulto foi picado pelo animal. Não há registro de mortes em decorrência de picada do escorpião amarelo na cidade, nem no Estado.

• A picada do escorpião amarelo pode ser fatal especialmente para crianças e pessoas com peso baixo e pouca imunidade.

• Dos acidentes, uma minoria (cerca de 7%) das vítimas necessita soro, disponível apenas no Hospital de Pronto Socorro. Em caso de ataque do escorpião, as vítimas devem ser encaminhadas ao HPS, local com profissionais capacitados para o atendimento. O paciente permanecerá em observação o tempo necessário.

• Desde 2016 a Equipe de Fiscalização Ambiental tem implementado diferentes ações junto à rede de saúde, com capacitação de médicos e enfermeiras e de agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde;

• Em 2018, foi iniciado programa de visitas a escolas de educação infantil para orientação de responsáveis pelos estabelecimentos e, também, informação a crianças e suas famílias;

• Lembre-se: o escorpião amarelo não vai atrás do ser humano. Ele prefere locais escuros, úmidos, e somente sai do seu habitat natural atrás de alimento: a barata.

• Acúmulo de lixo e restos de alimentos podem atrair baratas. Então, limpeza é a maior prevenção contra o escorpião amarelo.

• O escorpião preto é comum no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre, mas o veneno dele não é perigoso. A picada do escorpião preto dói, mas não é fatal.

• Em caso de dúvidas, o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) do RS pode ser acessado 24 horas por dia, pelo telefone 0800 721 3000.

Ceasa monitora infestações do escorpião amarelo em suas dependências

Em nota, o governo estadual informou que a Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) mantém controle rigoroso sobre a presença de insetos e animais em suas dependências. Nos últimos dias, um vídeo veiculado em rede social mostra a presença do escorpião amarelo em folhosa (rúcula), mas, segundo o texto, a origem do produto é desconhecida, sendo impossível afirmar que tenha sido adquirida de produtores que comercializam nos pavilhões.

Além de orientar funcionários e trabalhadores sobre os riscos e a forma correta de procedimento ao avistar o animal, a instituição contratou uma empresa especializada em serviços de desinsetização e controle de pragas.

A presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes da Ceasa, Cláudia Teresinha dos Santos, admite a presença de escorpiões no complexo, mas ressalta que há um processo de monitoramento das infestações. "A situação está bem controlada", garantiu Cláudia. O animal já foi encontrado em sete bairros de Porto Alegre, entre eles o Anchieta, na Zona Norte, onde fica a Central de Abastecimento.

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