Prefeitura de Porto Alegre fará nova licitação para obras na Praça da Matriz

Prefeitura de Porto Alegre fará nova licitação para obras na Praça da Matriz

Executivo finaliza um projeto para conseguir utilizar uma verba de R$ 4 milhões

Henrique Massaro

Nova licitação será lançada para reforma da Praça da Matriz

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Para conseguir utilizar uma verba de R$ 4 milhões para revitalização da Praça da Matriz, no Centro Histórico de Porto Alegre, a Prefeitura finaliza um projeto e um orçamento de execução para o lançamento de um novo processo licitatório. A primeira licitação chegou a ser feita aparentemente com sucesso, no entanto, uma demora de cerca de três anos na assinatura do contrato com a empresa vencedora uma atualização de valores e ocorreu a rescisão.

O motivo inicial do atraso foi que a ideia inicial previa a revitalização da Praça e do Monumento a Júlio de Castilhos em um mesmo projeto. De acordo com a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas em Porto Alegre, Briane Bicca, se percebeu, contudo, que havia uma necessidade de separar os procedimentos, que são de natureza e execução diferentes. A divisão, então, ficou de R$ 1,1 milhão para o monumento e de R$ 2,9 milhões para a Matriz - com recursos do PAC, sendo que os referentes à Praça são repassados pela Caixa Econômica Federal.

Só isso, lembra Briane, já provocou o primeiro atraso, que viria a ser agravado em seguida. Quando a licitação finalmente foi lançada, foi promulgado um decreto municipal que alterava as taxas de todas as obras da prefeitura e a revitalização da Praça da Matriz teve um acréscimo de R$ 86 mil em seu orçamento. “A partir daí, como o PAC não tem aditivo, o que correspondia a essa mudança de índice teria que ser coberto pelo município”, explica.

Com o aumento de custo, que se estabeleceu aproximadamente um ano e meio depois do processo licitatório, a empresa vencedora, a Engenharia e Pesquisas Tecnológicas S.A., reviu seus orçamentos e acabou desistindo de dar sequência ao projeto. “Infelizmente para a empresa e para nós, ela não se interessou pela obra”, relata Briane, que também garante que a rescisão foi feita de forma amigável.

Desde então, conforme a coordenadora do PAC Cidades Históricas na Capital, o trabalho vem sendo para que se consiga adequar o projeto ao valor inicial de R$ 2,9 milhões. Para isto, tem sido retirados itens que não cabem neste orçamento fixo. Um dos procedimentos descartados é a retirada do asfalto prevista para as quatro ruas do entorno da Praça. Quando esta etapa for finalizada, o projeto e o orçamento serão encaminhados à Caixa e, se forem aprovados, uma nova licitação será feita. Restarão, então, o prazo de julgamento e assinatura de contrato.

Já o trabalho de revitalização do Monumento a Júlio de Castilhos foi iniciado normalmente e continua sendo executado. Ocorreu, no entanto, uma prorrogação do prazo inicial em dois meses. O motivo, segundo Briane, é que o Monumento da República e um globo terrestre localizado junto a ele vão precisar ser retirados no processo. A realocação precisa ser feita com segurança, pois os objetos estão localizados a 13 metros de altura.

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