Prefeitura de Porto Alegre não garante retomada das negociações com servidores
Grevistas desbloquearam prédio do Executivo na tarde desta segunda-feira
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Com a retirada da Câmara de Vereadores do projeto de lei que substituía gratificações por abonos para evitar o chamado “efeito cascata”, a principal reivindicação dos servidores passa a ser a apresentação de uma proposta que evite perda salarial. A diretora-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Solange Corrêa, estima ainda ser possível uma nova rodada de negociação com a Prefeitura.
“A expectativa é de que a Prefeitura nos chame para negociar e apresente uma solução. Nossos colegas da Secretaria da Fazenda nos informaram que o cálculo feito por eles para evitar perdas salariais é muito semelhante”, destacou.
O prefeito em exercício Sebastião Melo informou que vai convocar os grevistas para uma reunião somente com a suspensão dos bloqueios do edifício administrativo. “Eles solicitaram agenda às 10h de hoje, aceitamos, mas antes disso bloquearam o prédio e depois a rua. Ou seja, não temos como negociar assim”, afirmou.
A Prefeitura acionou novamente a Justiça para tentar multar o Simpa em função do bloqueio do edifício. Já os sindicalistas dizem que não existe ilegalidade no movimento porque serviços essenciais não são realizados no prédio da Siqueira Campos.
Prefeitura ainda não garante pagamento
O secretário da Administração, Elói Guimarães, esclareceu que ainda não é possível garantir o pagamento em dia do salários dos servidores da Capital. A expectativa era de depósito dos valores na próxima sexta-feira. Os dados individuais dos trabalhadores das diferentes secretarias e autarquias estão sendo enviados pelo sistema informatizado para a pasta. Depois, a Caixa Econômica Federal precisa de 72 horas para processar os valores nas contas.