Prefeitura de São Paulo anuncia o fim da greve de ônibus
Sindicato patronal aceitará reivindicação dos trabalhadores e diz que ônibus voltam a circular ainda nesta terça-feira (14)
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Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo entraram em acordo com as empresas e decidiram encerrar a paralisação iniciada na meia-noite desta terça-feira (14), anunciou a Prefeitura de São Paulo. A greve afetou 1,5 milhão de pessoas na capital paulista pela manhã, deixando pessoas sem transporte e provocando aumento do trânsito na capital, em razão do maior uso dos automóveis.
A informação foi confirmada ao R7 também pela assessoria de imprensa do SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo). O Sindmotoristas (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário Urbano), responsável por organizar a greve, ainda não se manifestou.
"O atendimento nas 713 linhas paralisadas está sendo retomado de forma gradativa e deverá se normalizar até o fim do dia. A SPTrans monitora o retorno da frota da cidade para minimizar os impactos na população", informou a prefeitura.
A decisão acontece após a gestão Nunes aceitar a liberação de subsídios para atender uma das reivindicações dos trabalhadores, a de que o reajuste de 12,47% tenha validade desde maio e seja pago de forma retroativa. As empresas de ônibus haviam proposto o reajuste a partir de outubro.
O Sindmotoristas (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário Urbano) havia afirmado anteriormente que a paralisação seguiria até o julgamento do dissídio de greve pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), marcado para a quarta-feira (15), às 15h.
Com o caos causado no transporte de São Paulo, o SPUrbanuss e a SPTrans solicitaram a antecipação da decisão judicial sobre o pagamento do reajuste salarial à categoria, com o objetivo de por fim à greve antes do horário de pico da tarde.
Segundo o SPURbanuss, o MPT (Ministério Público do Trabalho) emitiu um parecer favorável à greve e ao reajuste pedido pelos trabalhadores, o que teria desmobilizado a paralisação.
Caos
A greve começou à 0h e afeta 713 das 1.200 linhas que circulam por São Paulo. Apenas 487 operaram normalmente. Uma decisão da Justiça obrigava que 80% da frota deveria estar em circulação nos horários de pico e 60% nos demais horários. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 50 mil. A adesão à greve, no entanto, foi ampla em parte dos terminais de ônibus da cidade.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que vai pedir à Justiça aumento do valor da multa aplicada ao sindicato pela paralisação de ônibus que ocorre na cidade. O Sindmotoristas contestou a informação de que está desrespeitando a liminar da justiça e disse que o setor patronal não apresentou nenhum plano de operação dos veículos.