Prefeitura fará nova consulta pública sobre relógios de rua antes de lançar edital

Desligados desde junho de 2015, os relógios de rua de Porto Alegre terão uma nova consulta pública antes do lançamento do edital de instalação dos novos equipamentos, segundo a Secretaria Municipal de Parcerias Estratégicas. O secretário Bruno Vanuzzi informou nesta sexta-feira que o processo já está na Procuradoria-Geral do Município (PGM) para análise final e que a nova consulta deverá ter um prazo de 30 dias. O edital completo será avaliado pela população que poderá apresentar sugestões.

Em janeiro deste ano, a prefeitura de Porto Alegre decidiu ouvir os porto-alegrenses sobre onde os relógios seriam instalados na Capital. A ideia da secretaria é dotar a cidade de relógios que forneçam outras informações além do horário, temperatura ou qualidade do ar. A ideia é que os equipamentos sejam dotados de câmeras de videomonitoramento ligadas à rede de fibra óptica do município, agregando 168 novos pontos ao monitoramento do Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre (Ceic), com o objetivo de ampliar o cercamento eletrônico da cidade.

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Os locais escolhidos vão observar as diretrizes de trânsito e do mobiliário urbano. Além disso, os relógios poderão fornecer serviços de WiFi gratuitos para a população e também possibilitar aos órgãos municipais a divulgação de informações de interesse público. Ao final da consulta pública e de posse do material coletado junto à sociedade, a prefeitura organizará uma audiência pública para referendar os resultados e então publicar o edital.

O vencedor da disputa ficará responsável pela instalação e a manutenção dos novos relógios e retirada das estruturas antigas. Hoje, de acordo com a prefeitura, existem 50 relógios desligados na cidade. Um deles está localizado na avenida Salgado Filho, no Centro de Porto Alegre. Outro que chamava a atenção de quem circulava pelo Centro Histórico era o relógio localizado na praça da Alfândega. A estrutura do equipamento que estava bastante deteriorada e corria o risco de cair. O equipamento foi retirado pela prefeitura.

A intenção do Executivo municipal é ampliar o número de relógios na Capital passando de 50 para 168 equipamentos, observando critérios urbanísticos, de trânsito, de segurança e de tecnologia. Os equipamentos pararam de funcionar em junho de 2015, quando a gestão do ex-prefeito José Fortunati rescindiu o contrato com a empresa que realizava a manutenção dos equipamentos.

O atual processo é a quarta tentativa de reativar os equipamentos. A licitação mais recente acabou sendo cancelada na metade do ano passado, na medida em que o poder público municipal concluiu que o modelo proposto - que previa a instalação de placas de logradouros como contrapartida - estava afastando eventuais interessados.