Prefeitura irá recorrer da suspensão da reintegração de posse da Ocupação Mirabal
Grupo ocupou prédio de escola na zona Norte de Porto Alegre
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O procurador-geral, Nelson Marisco, reforçou que o prédio ocupado pelo movimento já tem a finalidade de uso para a educação. "O município não pode aceitar esta ocupação ou invasão, utilizando os prédios que são destinados para outras coisas. Este procedimento não é a forma mais correta. O município entende o problema e quer que se resolva, mas esta não é a melhor forma", argumentou. Conforme ele, o Governo do Estado "lavou as mãos" sobre a questão de moradia do movimento e entregou para que o município resolva: "Não estamos negando, mas isso é matéria de política pública do governo".
A PGM tem o prazo de 5 a 10 dias para apresentar o recurso da decisão do TJRS. Segundo a corte, a suspensão ocorreu por existir indício de verossimilhança às alegações recursais e devidamente demonstrado o perigo de dano ao grupo da ocupação. Conforme o TJRS, a prefeitura terá prazo legal para apresentar o recurso junto com a documentação que entender ser conveniente.
Mirabal é refúgio de cerca de 15 mulheres atualmente
O Movimento de Mulheres Olga Benário atualmente acolhe em torno de 15 mulheres. O grupo é voltado para mulheres em situação de risco e violência doméstica, incluindo os filhos. Além do abrigo, a Mirabal também oferece acompanhamento psicológico, jurídico e atendimento de saúde, entre outras ações em parceria. O movimento também ocupa um imóvel da rua Duque de Caxias, no Centro da Capital, onde a ocupação está desde novembro de 2016.