Prefeitura marca reunião com Imesf para debater situação da saúde

Prefeitura marca reunião com Imesf para debater situação da saúde

Servidores cobram ações para evitar demissões com decisão do STF que tornou instituto inconstitucional

Ricardo Ponto / Rádio Guaíba

Marchezan recebeu grupo no Paço Municipal

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A Prefeitura de Porto Alegre recebeu, nesta terça-feira, um ofício em que sindicatos ligados à Saúde pedem uma reunião para tratar dos desdobramentos da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou inconstitucional a lei que criou o Instituto de Estratégia de Saúde da Família (Imesf). O encontro ficou marcado para a próxima terça-feira. Na semana passada, as categorias fizeram três dias de greve em função do impasse. Parte dos 77 postos de saúde administrados pelo Imesf fechou para atendimento.

De acordo com a prefeitura, devem ser recebidos representantes do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Rio Grande do Sul (SindiSaúde/RS), Sindicato dos Enfermeiros no Estado do RS (Sergs), Sindicato dos Odontologistas no Estado do RS (Soergs) e Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Estado do RS (Sindacs).

O prefeito Nelson Marchezan Júnior recebeu, no Salão Nobre do Paço Municipal, no início da noite, um grupo de representantes de trabalhadores do Imesf. A reunião durou cerca de uma hora. Acompanhado do secretário da Saúde Pablo Sturmer e do adjunto Natan Katz, o prefeito explicou como vem sendo conduzido o processo de transição do Imesf e esclareceu dúvidas a respeito do aproveitamento dos profissionais pelas instituições que devem assumir as unidades.

Os trabalhadores temem que a extinção do Imesf possa resultar em mais de 1,8 mil demissões. O Instituto existe desde 2011, após um projeto da Prefeitura ter sido aprovado na Câmara de Porto Alegre. À época, o Conselho Municipal de Saúde alertou para a inconstitucionalidade da medida.

Oito anos depois, o Supremo Tribunal Federal endossou esse entendimento, ao julgar um processo movido por representações sindicais contra o formato do Instituto, que paga salários menores em relação aos servidores públicos concursados da área da Saúde. As entidades de classe entendem que, apesar da troca de governo, a Prefeitura de Porto Alegre não buscou soluções viáveis para a questão em tempo hábil.


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