Prefeitura perde R$ 1,2 milhão com suspensão de parquímetros

A Prefeitura de Porto Alegre já deixou de arrecadar pelo menos R$ 1,2 milhão nos primeiros três meses do ano pela suspensão da operação dos parquímetros da cidade. O cálculo, não oficial, foi realizado pela reportagem do Correio do Povo com base nos valores arrecadados em 2014. Apesar da confirmação do presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, de que o funcionamento seria retomado nesta quarta — pelo menos nos equipamentos instalados no Centro Histórico —, ao circular pela zona era possível observar que os parquímetros seguiam inoperantes. A maioria estava totalmente coberta por um plástico preto enquanto outros exibiam uma mensagem no visor eletrônico indicando estar fora de serviço. Alguns já pareciam aptos a retornar ao uso, pois contabilizavam as moedas depositadas.

A EPTC informou que a Área Azul deve voltar a ser cobrada no início da próxima semana. As empresas Proforte e Hora Park, responsáveis pelo recolhimento das moedas e manutenção, respectivamente, iniciaram o cumprimento dos contratos na segunda-feira. Desde o início do ano, os 217 parquímetros da Capital estavam sem manutenção pelo término do contrato da empresa terceirizada no final de 2014, o que ocasionou a suspensão da necessidade de pagamento e a aplicação de multas. Em 2014, a arrecadação total com o serviço foi de R$ 5,6 milhões.

O retorno dos equipamentos será feito gradualmente e deverá começar pelo Centro Histórico. Assim que a Área Azul voltar a funcionar, haverá reajuste de 33% no valor cobrado. O custo para estacionamento passa de R$ 0,75 para R$ 1 (30 minutos); de R$ 1,50 para R$ 2 (1 hora); de R$ 2,25 para R$ 3 (90 minutos) e de R$ 3 para R$ 4 (duas horas, tempo máximo para permanência na mesma vaga).

Nos próximos dias, a EPTC divulgará o cronograma da retomada da operação nas outras regiões. Há vagas de Área Azul também nos bairros Azenha. Menino Deus, Moinhos de Vento, Bom Fim e Petrópolis. Atualmente, Porto Alegre soma 4,3 mil vagas rotativas.

Os contratos com as duas empresas foi feito emergencialmente e é válido por um ano. Uma nova licitação deverá ser feita para escolher uma única empresa que fique responsável pela coleta e manutenção dos equipamentos por um período mais extenso, superior a apenas 1 ano.