Prefeitura realiza teste rápido de Aids no Centro de Porto Alegre

Prefeitura realiza teste rápido de Aids no Centro de Porto Alegre

Capital possui uma média de 1.250 casos por ano

Correio do Povo

Resultado é fornecido em apenas 30 minutos

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Porto Alegre é uma das cidades brasileiras com o maior número de casos de Aids detectados a cada ano no Brasil. Mantém uma média de 1.250 casos por ano, cerca de 90,3 por 100 mil habitantes. No Dia Mundial de Combate à doença, ontem, a Secretraria Municipal de Saúde (SMS) lançou nova campanha para combater o avanço do vírus HIV e também da sífilis e das hepatites. Um posto de coleta montado na Praça da Alfândega atraiu fila desde antes de sua abertura, às 10h, com homens e mulheres de todas as faixas etárias interessados no resultado fornecido em apenas 30 minutos.

A campanha também exibe vídeos com portadores de HVI, pessoas que convivem com portadores de HVI e pessoas que se previnem para não adquirir o virus, cuja taxa de mortalidade diminuiu siginificativamente desde a descoberta da doença, mas que no ano passado, na Capital, ainda era de 28 óbitos para cada 100 mil habitantes.

“A secretaria vem incentivando o disgnóstico para que o paciente infectado chegue ao tratamento mais cedo. Também reforça que aqueles que tenham o HIV positivo não abandonem o tratamento, que é gratuito e pode oferecer uma boa qualidade de vida”, afirma o coordenador da área técnica para DST/Aids e Hepatites Virais da SMS, Gerson Winkler.

Segundo ele, a estrutura montada na praça tem capacidade para 600 testes por dia, totalmente gratuitos e para quem se habilitar.

No hall de entrada do Hospital Conceição, na Avenida Francisco Trein, um grupo de assistente de Enfermagem abordava as pessoas que transitavam pelo complexo na manhã de terça-feira, buscando a conscientização e esclarecendo possíveis temores em relação ao exame. A enfermeira responsável pelo posto de coleta, Camila Fraga Dutra, acredita que a dissiminação de informações a respeito da Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis vêm favorecendo o diagnóstico, inclusive entre os idosos, que inicialmente não faziam parte dos grupos considerados de risco. “É evidente que diminuiu a resistência da população em busca do diagnóstico e do tratamento da aids. Mas não há mais aquele enfoque em torno de grupos específicos como os homossexuais e dependentes químicos. Sabemos hoje que as estatísticas apontam mais até para a população hétero”, diz.

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