Prefeitura reforça controle da leishmaniose após registro de morte em Porto Alegre

Prefeitura reforça controle da leishmaniose após registro de morte em Porto Alegre

Doença transmitida por mosquito pode ser tratada em humanos, mas é fatal para cães

Correio do Povo

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A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre reforçou as ações de controle da leishmaniose. Nesta segunda-feira, a prefeitura confirmou a morte de um paciente por conta da doença. A vítima não resistiu às complicações e teve óbito registrado em 29 de setembro. Por meio da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde e Coordenação da Atenção Básica, a SMS tem desenvolvido ações de monitoramento e controle junto a famílias do Morro Santana, do bairro Protásio Alves.

A leishmaniose visceral é  causada pelo protozoário Leishmania chagasi e transmitida principalmente pela picada de um inseto vetor chamado flebotomíneo (espécie Lutzomia longipalpis), popularmente conhecido por mosquito-palha. Embora a doença atinja principalmente cães, seres humanos também podem ser infectados, acidentalmente, pela picada do inseto. O mosquito-palha se contamina picando um cão infectado. A doença não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra, nem dos cães para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre pela picada da fêmea do mosquito-palha. Não há vacina contra leishmaniose visceral, doença que pode ser curada em humanos, mas não em animais.

Desde a notificação da suspeita, diferentes ações vêm sendo implementadas pela prefeitura, tanto em âmbito interno, como emissão de alerta epidemiológico para a rede de serviços de saúde, reuniões com profissionais que atuam na abrangência da Unidade de Saúde Laranjeiras, que atende a população que reside próximo à residência do paciente, como junto à comunidade (na qual residem cerca de 110 famílias).

Conforme a prefeitura, 103 cães tiveram sangue coletado e analisado. Do total, 23 tiveram resultado positivo tanto no teste rápido quanto no exame complementar, feito no Laboratório Central do Estado (Lacen). Todos os animais positivados para Leishmania foram encoleirados e microchipados e estão sendo monitorados. Um deles foi a óbito. Além desses cachorros, outros 100 cães tiveram testes rápidos realizados na abrangência da Unidade de Saúde Tijucas, no mesmo bairro, com teste rápido positivos em 21 animais.

Cachorros com resultados positivos no segundo exame poderão ser retirados da comunidade, a pedido das famílias proprietárias dos mesmos. Nesta segunda-feira, representantes da prefeitura retornarão à comunidade para informar os resultados dos exames e proceder à retirada dos animais, que serão levados para canil da Seda preparado para recebê-los, além de prestar orientações sobre prevenção e uso de repelente corporal em seres humanos.

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