Presidente da Unimed diz que hospitais superfaturam remédios em mais de 5.000%
Jorge Guilherme Robinson denunciou prática ilegal para casas de saúde terem lucros na CPI das Próteses
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Conforme lei federal de 1973, os hospitais não podem lucrar com essas vendas, uma vez que não possuem liberação de farmácia. Conforme Robinson, 50% do faturamento das casas de saúde do Estado é proveniente dessa comercialização ilegal. O presidente da Central Unimed-RS contou, ainda, que os hospitais escolhem comprar os medicamentos mais caros e mais utilizados pelos pacientes.
Durante a CPI, a sócia-fundadora da empresa Qualirede, de Florianópolis, destacou ações realizadas pela consultoria em gestão de saúde, que transformaram em saudável o quadro financeiro do IPE de Santa Catarina. Irene Minikovski Hahnda defendeu investimentos na área de hotelaria e hospedagem dos hospitais para reverter o quadro financeiro, por exemplo. Com a valorização do sistema, segundo ela, os hospitais podem obter lucros legalmente.
A CPI das Próteses também ouviu a vítima de Viamão Rosane Elenice Krul, de 48 anos, que implantou 16 parafusos importados no valor de R$ 240 mil no Hospital Divina Providencia. Em 2012, o plano de saúde Golden Cross (hoje Unimed) pagou pela operação sem a necessidade de liminar judicial.
O inquérito parlamentar busca detalhar, até outubro, a atuação da chamada “máfia das Próteses”, esquema que envolvia procedimentos realizados nas redes pública e privada de saúde. Os alvos da investigação incluem médicos e empresários relacionados a fraudes envolvendo cirurgias superfaturadas para o implante de órteses e próteses.