Presidente do Hospital Albert Einstein analisa como complexa distribuição de vacinas contra Covid-19

Presidente do Hospital Albert Einstein analisa como complexa distribuição de vacinas contra Covid-19

De acordo com Sidney Klajner, processo terá que estudar dificuldades de armazenamento eficaz no Brasil

Cláudio Isaías

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Empresas como a Pfizer, nos Estados Unidos, e a Sinovac, na China, tem a capacidade produtiva de entregar vacinas contra a Covid-19 em uma escala maior até o final deste ano. No caso do Brasil, o acesso da população a vacina vai depender da finalização dos testes da Fase 3, da comprovação da sua eficácia e segurança em grupos específicos e a chancela das agências regulatórias que vão permitir a utilização da vacina.

A informação é do presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klajner, que nesta quinta-feira participou da videoconferência da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), em São Paulo. Klajner informou que existem 300 trabalhos buscando novos tipos de vacina nos diferentes estágios das Fases 1 a 3. Ele tratou também sobre avaliação sobre as vacinas que estão sendo produzidas no mundo para enfrentar o vírus e a segunda onda de contaminação no Brasil e no mundo e como o país se prepara para 2020. 

Segundo Klajner, com a chancela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Brasil vai esbarrar na logística da distribuição. "Algumas da vacinas exigem um armazenamento em condições de temperatura extremamente baixas como é o caso dos produtos da Pfizer e da Moderna. Neste caso em temperaturas entre menos 20 graus e 70 graus. Poucos locais no país que fazem a distribuição das imunizações têm condições de manter essa refrigeração", ressaltou.

O presidente do Hospital Albert Einstein disse que as vacinas tem uma capacidade de não ficar nessas condições de armazenamento pouco tempo, ou seja, até cinco dias. Conforme Klajner, a estimativa é que com a liberação da Anvisa as vacinas comecem a ser distribuídas em meados de março de 2021 no Brasil. "É a previsão mais realista que temos para a distribuição da vacina no país", acrescentou. Segundo ele, os testes de Fase 3 feitos pelas cinco empresas ainda não terminaram e depois será analisado a questão de segurança da vacina. "O cidadã brasileiro vai querer saber qual o risco de ter um efeito colateral quando for tomar vacina", destacou. 

Presidente do Hospital Albert Einstein desde 2017, Klajner é graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, possui residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Além disso, o médico integra a aliança Todos pela Saúde, grupo de especialistas formado para contribuir para combater a pandemia da Covid-19 nas diferentes classes sociais e apoiar as iniciativas de saúde pública.


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